Paraíba
Motoristas de ônibus rejeitam proposta de reajuste e greve continua em João Pessoa
As negociações foram mediadas pelo TRT13, mas não houve consenso sobre as reivindicações da categoria.
29/01/2025
Redação/Portal WSCOM
Os motoristas de ônibus de João Pessoa recusaram a proposta de reajuste salarial de 5% apresentada na tarde desta quarta-feira (29) durante audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT13), após tentativa de conciliação na última segunda-feira (27), que também terminou sem acordo. As negociações foram mediadas pelo TRT13, mas não houve consenso sobre as reivindicações da categoria.
Representantes do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros e Cargas no Estado da Paraíba (Simtro/PB) e do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Sintur-JP) participaram das discussões. Além do reajuste salarial, a proposta inclui aumento no vale-alimentação, que passaria de R$ 440 para R$ 500 imediatamente, com elevação para R$ 550 em junho e R$ 600 em dezembro deste ano.
Representantes dos trabalhadores alegam que as empresas não apresentaram propostas que atendam às demandas salariais e melhores condições de trabalho. Do outro lado, as empresas afirmam enfrentar dificuldades financeiras e argumentam que os reajustes solicitados podem comprometer a operação do sistema de transporte público.
Enquanto isso, usuários do transporte coletivo seguem apreensivos com a possibilidade de interrupção dos serviços. A falta de consenso impacta diretamente a mobilidade urbana e gera incerteza sobre os próximos passos do setor. Sem avanços concretos até o momento, a situação vai para julgamento do pleno no Tribunal Regional do Trabalho.
Os motoristas realizam uma Assembleia nesta quinta-feira (30), no sindicato da categoria, para discutir a proposta apresentada durante a audiência de hoje e os próximos passos do movimento grevista.
A paralisação dos motoristas de ônibus na Grande João Pessoa teve início na segunda-feira (27) e permanece nesta quarta-feira (29) após tentativas sem sucesso de acordo entre as partes envolvidas. A desembargadora Herminegilda Leite de Carvalho determinou a circulação de uma frota mínima de 60% dos ônibus em dias úteis para garantir a continuidade do serviço de transporte público na cidade.
Atualmente, cerca de 400 ônibus estão parados nas garagens, enquanto aproximadamente 800 motoristas entraram em greve, causando impactos significativos em diversos setores da capital paraibana, com moradores buscando alternativas para se deslocar, e muitos usuários recorrendo aos transportes por aplicativo.
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