Brasil

Moraes vai a jogo do Corinthians após sanção dos EUA, acena e faz gesto obsceno em camarote


31/07/2025

Alexandre de Moraes acena e faz gesto obsceno em camarote na Neo Química Arena, horas após sanção do governo dos EUA. (Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo)



O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assistiu ao clássico entre Corinthians e Palmeiras, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na Neo Química Arena, em São Paulo, na noite desta quarta-feira (30). Durante o jogo, Moraes acenou para o público e fez um gesto obsceno com o dedo médio enquanto estava em um camarote ao lado da esposa. O Corinthians venceu por 1 a 0, com gol de Memphis Depay.

A presença do ministro aconteceu poucas horas após ele ter sido sancionado pelo governo dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky, que impõe restrições a estrangeiros acusados de corrupção ou violações graves de direitos humanos. A decisão do governo Donald Trump bloqueia contas e ativos de Moraes no sistema financeiro americano e suspende sua entrada no país. O dispositivo foi aplicado pela primeira vez a uma autoridade de país democrático.

Em comunicado, Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, afirmou que Moraes “assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”. O chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, disse que o ministro cometeu graves violações de direitos humanos e alertou que “as togas judiciais não podem protegê-los”.

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A decisão gerou repercussões no Brasil. Parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comemoraram as sanções, enquanto governistas defenderam o ministro. Em nota, o STF declarou que não se desviará de sua função constitucional e reforçou que os julgamentos sobre a tentativa de golpe de 2022 são de “exclusiva competência da Justiça do país”. O comunicado também lembrou que “todas as decisões tomadas pelo relator do processo foram confirmadas pelo Colegiado competente”.

O ministro ainda não comentou publicamente as sanções, mas deve se manifestar na sessão plenária marcada para sexta-feira (1º).



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