Em confronto válido pela segunda rodada da fase de grupos, o russo Zenit St. Petersburg recebeu o francês Monaco nesta quarta-feira e não saiu do zero. Em confronto fraco e com poucas oportunidades, o time da casa apostou na velocidade de Hulk, mas o brasileiro criou pouco por estar muito marcado. Os visitantes começaram bem e caíram de produção ao longo do embate. Assim, o operador do placar do Petrovskij Stadion não trabalhou e manteve o 0 a 0 até o final.

Mesmo com o tropeço, o Zenit mantém sequência de 15 partidas de invencibilidade nesta temporada. Com quatro pontos no grupo C, segue na briga por vaga nas oitavas de final da Champions League, e de quebra lidera o Campeonato Russo com sobras. O próximo compromisso vale exatamente pelo Nacional: duelo fora de casa contra o Krasnodar, neste sábado.

Já o Monaco segue sem convencer. Acumulando tropeços no Campeonato Francês, o time do Principado também tem quatro pontos na Liga dos Campeões e divide a liderança do grupo C com o próprio Zenit, por isso preferiu não se expor tanto nesta partida. A equipe volta a campo em duelo complicado fora de casa contra o Paris Saint-Germain neste domingo.

O jogo

O Monaco começou melhor, sem se intimidar com o hostil clima em São Petersburgo. Logo criou a primeira chance, com Ocampos achando Berbatov, que acabou perdendo.Pouco depois foi a vez de Dirar levar perigo em chute da intermediária.

O Zenit não estava bem na partida e demorou a aparecer no jogo, só respondendo em contra-ataque puxado por Hulk, aos nove minutos. O brasileiro deixou três marcadores para trás e deu a Rondón, que chutou forte por cima. Com quinze minutos de jogo, o time russo mal saía do campo defensivo, achando espaços somente nos contragolpes.

Pelo lado do Monaco, Toulalan e João Moutinho criavam as melhores chances. Os donos da casa só acordaram no fim do primeiro tempo, quando Danny perdeu boa chance. Hulk tentava, mas não estava inspirado.

À medida que o ímpeto francês diminuía, o Zenit saiu de trás e conseguiu manter a bola longe do seu gol. Concentrado no meio-campo, o jogo teve poucas oportunidades reais de gol até o intervalo, ainda que o time da casa tivesse maior posse de bola ao rondar as imediações da área adversária. O último a criar no primeiro tempo foi o Monaco, aos 43, quando Ocampos mandou uma bomba para Lodygin espalmar a escanteio.

Aos 45, na melhor chance do primeiro tempo, Ocampos, o melhor do Monaco, chutou forte, mas parou no goleiro Lodygin, que fez grandes defesas na partida.

Sem substituições, o jogo voltou como terminou o primeiro tempo. Embalado pela torcida, o Zenit era melhor. Hulk parecia entrar no jogo, e a equipe russa dominava a posse de bola. Acionando o centroavante Rondón com frequência, o Zenit conseguiu aparecer bastante dentro da área adversária com a bola pelo alto. O colombiano teve a melhor chance em cruzamento de Hulk, mas passou da bola e bateu mascado.

Aos 21, a equipe incomodou. Lombaerts quase marcou em cabeçada, fazendo a bola tirar tinta da trave de Subasic.

Com a chance, a equipe acordou e começou a atacar. André Villas-Boas, curiosamente, tirou o meia Shatov e colocou o lateral Smolnikov, passando a equipe para o 3-5-2. A substituição não mudou muita coisa e a equipe continuo tendo problemas para finalizar.

Em contra-ataque, aos 25, Fabinho carregou pela direita, fez grande jogada mas chutou mal de fora da área, sem assustar a defesa do Zenit. A grande chance do jogo, entretanto, chegou aos 30. Carraso chutou para a defesa de Lodygin e no rebote, parou na trave.

Ainda deu tempo para que, em tentativa desesperada, Villas-Boas lançasse mão de Arshavin, no fim do jogo. O meia, entretanto, não teve muitas chances de mudar o jogo, que acabou empatado, sem gols. Bom resultado para o Monaco e péssimo para o Zenit, que poderia ter se afirmado em casa.