Futebol

Mogi Mirim pressiona Ponte, mas trave determina empate sem gols


20/01/2013



 A trave impediu que o Mogi Mirim iniciasse o Campeonato Paulista com uma vitória e salvou a Ponte Preta de uma estreia decepcionante. Apesar da pressão do Sapão, as equipes ficaram no empate por 0 a 0 na noite deste domingo, no Estádio Décio Vitta, em Americana, no fechamento da primeira rodada. A partida, com público de 2.040 pagantes, teve o mando da Macaca, mas foi transferida devido à interdição do Majestoso.

O duelo teve dois tempos distintos. No primeiro, a Macaca foi melhor, porém, as melhores chances foram do Mogi, inclusive com uma falta no travessão de Piauí. Depois, o Sapão mandou na etapa final, mas Val e Henrique também pararam no travessão. A Ponte sentiu o desgaste físico e a falta de entrosamento, chegou pouco e, devido às circunstâncias, saiu no lucro. Para as pretensões do time, no entanto, a primeira impressão deixa a desejar. O Mogi leva um ponto para casa.

Em busca da primeira vitória, os times voltam a campo no meio de semana. Na quarta, às 17h, no Pacaembu, a Ponte enfrenta o Corinthians, que ainda não atuará com força máxima. O próximo desafio do Mogi está marcado para quinta-feira, às 19h30, no Vail Chaves, contra o Penapolense, que fechou a primeira rodada na liderança do Estadual.

Ponte controla ações, mas Mogi tem melhores chances
As equipes entraram em campo com propostas e estilos diferentes. De um lado, a Ponte apostava em uma marcação forte no campo de defesa do Mogi e na saída rápida quando recuperava a bola. Do outro, o Mogi atuava com paciência, à espera de um erro da Macaca, e só saia na boa. Com espaços, o início do primeiro tempo foi movimento.

Apesar de os campineiros controlarem as ações, as melhores oportunidades foram do Mogi Mirim. Aos cinco minutos, Piauí cobrou falta fechada e acertou o travessão de Edson Bastos. Mesmo com Cicinho querendo jogo, a Macaca concentrou suas investidas ofensivas pela esquerda. Foi com Uendel que a equipe chegou bem por duas vezes.

Na primeira, o lateral cruzou na boca do gol, mas ninguém apareceu para completar. Depois, aos 26 minutos, ele preferiu bater direto, e Daniel defendeu. A estratégia de Guto Ferreira precisou ser repensada aos 30 minutos, quando Rildo pediu para sair. Com dores no ombro desde os 10 minutos, após cair de mal jeito em uma entrada dura de Lucas Fonseca, ele tentou se manter na partida, mas não suportou o incômodo.

Ferrugem foi o escolhido para entrar. A mudança alterou a configuração tática da equipe, que passou a atuar com apenas um atacante de ofício: William. Wellington Bruno e Cicinho ganharam ainda mais liberdade, e o primeiro teve a missão de encostar no camisa 9. A Macaca ainda reclamou de um pênalti em William após cruzamento.

Ao seu estilo, o Mogi criou duas chances antes do intervalo. Em uma rara descida, Val limpou Ferron, ganhou ângulo para a batida, mas pegou mal e mandou por cima. Depois, no último lance da etapa inicial, Roni ganhou de Cicinho pelo alto, mas cabeceou para fora.

Mogi pressiona, mas para na trave
Para o segundo tempo, a Ponte continuou correndo muito, mas criando pouco. Wellington Bruno, camisa 10 e responsável por tentar organizar, estava apagado. Quando aparecia, errava passes fáceis e cruzamentos. O Mogi, por sua vez, se arriscou um pouco mais ao ataque. Aos oito minutos, criou uma jogada com a participação de dois volantes. Val cruzou da direita, Edson Bastos saiu mal e soltou a bola nos pés de Carlos Alberto, que bateu de primeira, com gol vazio, mas isolou.

Como esperado, a Ponte começou a acusar cansaço a partir dos 15 minutos, e a condição física do Mogi, que treina desde novembro do ano passado, passou a fazer a diferença. Val tinha fôlego para marcar e chegar ao ataque. Foi assim que quase marcou aos 18 minutos. Ele apareceu como elemento surpresa na ponta direita e arriscou de direita. Edson Bastos foi segurar, mas a bola passou no meio das mãos. O goleiro foi salvo pelo travessão. No rebote, Bastos já se redimiu. Roni bateu de dentro da área, e o camisa defendeu com as pernas.

Para tentar diminuir a pressão do Mogi e dar um novo gás à equipe, Guto Ferreira atendeu aos pedidos da torcida e colocou Adrianinho no lugar do apagado Wellington Bruno. A alteração, no entanto, não surtiu o efeito esperado. Em sua reestreia pela Ponte após dez anos, Adrianinho sentiu a falta de ritmo de jogo e pegou pouco na bola. O Mogi continuava em cima. Em um cruzamento que parecia perdido, Carlos Alberto acreditou, evitou a saída de bola, passou por Artur e bateu. Bastos fechou bem o ângulo e espalmou.

A Macaca respondeu com uma investida de Ferrugem. Após bom lançamento de Cicinho, ele foi à linha de fundo e cruzou rasteiro. De carrinho, William dividiu com Tiago Alves, conseguiu o desvio, mas errou o alvo. Quem também errou, mas de forma inacreditável foi o atacante Henrique, do Mogi. Após escanteio da direita, a bola passou por todo mundo e sobrou para o camisa 9 do Sapão, dentro da pequena área. Sem esperar, ele colocou a cabeça na bola, quase debaixo do gol, mas a bola subiu muito e parou na trave, mais uma vez. Com a Ponte sem inspiração e o Mogi com azar, o placar não era para sair do zero mesmo.



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