Na noite de quinta-feira (16), o Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa, recebeu a cerimônia de abertura da 2ª FENAFES – Feira Nordestina da Agricultura Familiar e da Economia Solidária, que contou com a presença de delegações de todos os nove estados nordestinos e milhares de visitantes, entre estudantes, profissionais, pesquisadores, agricultores familiares, extensionistas e o público em geral.

A feira, que vai até o dia 19 de novembro, tem como objetivo divulgar e valorizar a produção agroecológica e solidária da região, além de promover o intercâmbio de experiências, conhecimentos e tecnologias entre os participantes.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na solenidade e fez questão de visitar os stands dos estados, conversar com os expositores e cumprimentar os líderes políticos regionais que prestigiaram o evento.

Teixeira elogiou a organização da feira e destacou a importância da agricultura familiar e da economia solidária para o desenvolvimento sustentável do país. Ele também anunciou algumas medidas do Governo Federal para apoiar o setor, como a ampliação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), programas de assistência técnica, industrialização e de distribuição de terra.

O ministro classificou o tema agricultura familiar como “a menina dos olhos do presidente da República”, e apresentou alguns dos programas em andamento ou que deverão ser lançados pelo Governo Federal, como o Plano Safra, que está na sua maior fase de implementação.

“O presidente Lula sempre amou o Plano Safra, mas o dado que eu quero trazer aqui é que o Nordeste começou a levar mais dinheiro desse programa”, disse o ministro ressaltando que a Paraíba vai passar a receber 85% a mais do que o ano passado pelo Plano Safra, média acompanhada por estados vizinhos.

Industrialização do Nordeste

Paulo Teixeira contou com entusiasmo o projeto do Governo Federal de industrializar a atividade rural no Nordeste. “Essa é a hora do Nordeste dar um salto de industrialização e de desenvolvimento. Nós precisamos ter uma assistência técnica de qualidade para o nosso povo. Precisamos mecanizar o campo. O Nordeste precisa ter máquina para industrializar a produção rural para exportar o que é produzido aqui para a África e para outros lugares do mundo”, declarou.

Plano de Aquisição de Alimentos (PAA)

Teixeira ressaltou também o investimento que o Governo Federal tem feito no Plano de Aquisição de Alimentos (PAA). Segundo ele, no ano passado foram destinados R$2 bilhões para o plano e este ano, a gestão do presidente Lula fez um incremento de mais R$ 1 bilhão no PAA.

“O PAA é importante para comprar alimentos para as comunidades. Metade do que já foi comprado pela Conab e pelo PAA veio do Nordeste e 30% do que é adquirido para o programa tem que ser comprado da agricultura familiar”, frisou.

O ministro também fez referência às demarcações de terras quilombolas que será anunciada pelo presidente Lula na próxima semana e o edital de assistência técnica rural para a agroecologia no Nordeste que receberá o incentivo de R$20 milhões.

Algodão Agroecológico

O evento também marcou o lançamento do projeto “Fortalecimento e expansão do cultivo do algodão em consórcios agroecológicos na região do semiárido brasileiro”, coordenado pela Embrapa Algodão em parceria com o Consórcio Nordeste e financiamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), com o objetivo de ampliar as áreas de cultivo do algodão agroecológico.

A II Feira Nordestina da Agricultura Familiar e da Economia Solidária – FENAFES é uma realização do Governo do Estado da Paraíba, através da Secretaria de Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido (SEAFDS), e do Consórcio Nordeste, através da Câmara Temática da Agricultura Familiar (CTAF).

Um dos momentos mais emocionantes da cerimônia de abertura do evento foi a apresentação musical da Orquestra Sanfônica Balaio Nordeste, que tocou o Hino Nacional Brasileiro com maestria e encantou o público. Em seguida, o grupo Mística Indígena trouxe a cultura e a sabedoria dos povos originários para o palco, com danças e rituais que celebraram a diversidade e a harmonia da natureza.

Parceiros

Fundação Parque Tecnológico da Paraíba; Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz); Banco do Nordeste; Bom é na Feira / Caixa Econômica Federal – Governo Federal, União e Reconstrução; Fida; IICA; Procase; Banco Mundial; PB Rural; Cooperar; EMPAER; STTR; Fetag e MDA.