Política

Ministério Público teria blindado Temer para garantir impeachment de Dilma; entenda

Procuradores teriam segurado acusação sobre corrupção contra Michel Temer para garantir a derrubada de Dilma Rousseff


18/10/2019

A Operação Lava Jato atuou decisivamente para garantir o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e garantir a subida ao poder o ex-presidente Michel Temer (MDB). É o que aponta o novo capítulo da Vaza Jato, revelado nesta sexta-feira (18) pelo jornal El Pais, em parceria com o Intercept.

 

Duas semanas antes do impeachment, os procuradores seguraram uma acusação sobre corrupção contra Michel Temer para garantir a derrubada da ex-presidente Dilma. Com Temer no poder, teve início o processo de negociações do pré-sal e da Embraer.

 

“Na época, os procuradores consideraram que as declarações não atendiam ao ‘interesse público’ e não aceitaram a proposta de delação. Mas, três anos depois, essa mesma delação foi utilizada pela Lava Jato para uma ação penal contra Temer e para pedir a prisão preventiva dele, já na condição de ex-presidente. A delação, rejeitada em abril 2016 com anuência do Procuradoria Geral, mas que deu suporte à prisão de Temer em março de 2019, foi feita pelo empresário José Antunes Sobrinho, sócio da construtora Engevix, que relatou um pagamento de propina para Temer”, revela a reportagem do El Pais.

 

As conversas no chat “Acordos Engevix” no Telegram mostram que os procuradores de Curitiba, Rio e Brasília receberam a proposta de Antunes em 4 de abril de 2016. O menção a Temer, que viria a ser batizada de “anexo-bomba” mais tarde, dizia que Antunes fez um pagamento de 1 milhão de reais para atender a interesses de Temer. O pagamento, segundo Antunes, foi entregue a um amigo do ex-presidente, o coronel João Baptista Lima Filho, o coronel Lima. O dinheiro não saiu direto dos cofres da Engevix para Temer, mas de uma companhia prestadora de serviço do Aeroporto de Brasília, que era controlado pela Engevix. As informações são do Brasil 247.

 

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Portal WSCOM



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