Política

“Minha filha é honesta e está se sentindo injustiçada”, diz Roberto

CRISTIANE BRASIL


10/01/2018

Da euforia à revolta. Dias depois de ter se emocionado com o anúncio de que sua filha foi escolhida como nova ministra do Trabalho, o ex-deputado e hoje presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, agora dispara contra a decisão do juiz federal Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói (RJ), que suspendeu nessa segunda-feira (8) a nomeação e a cerimônia de posse de Cristiane Brasil como nova integrante do governo Temer.

“É uma forçação de barra, uma coisa inacreditável”, disse Jefferson, nesta terça (9), em entrevista à BandNews FM (clique e ouça a entrevista completa). “Minha filha é honesta e está se sentindo injustiçada”, completou o ex-deputado, condenado no processo do Mensalão.

Contra Cristiane Brasil pesa uma condenação, na Justiça do Trabalho, com o pagamento de indenização a ex-funcionários que trabalharam, conforme reconhecido pelo Judiciário, como motoristas dela. Eles alegam que não tiveram direitos trabalhistas respeitados, como carteira assinada e controle de jornada.
Em um dos casos a ministra fechou um acordo para reconhecer o vínculo e pagar R$ 14 mil a um dos funcionários. Em outro, foi obrigada a pagar R$ 60 mil a outro motorista.

Para impedir a posse de Cristiane Brasil, advogados do Rio de Janeiro entraram com uma ação popular na Justiça Federal. “Esse movimento dos advogados impendentes do Rio é um grupo de esquerda ligado ao (deputado) Wadih Damous, que foi presidente da OAB. É uma orquestração de esquerda, o troco que estamos recebendo pelas nossas posições de resistência”, declarou Jefferson.

Questionado se o PTB estuda outro nome para indicar ao presidente Michel Temer como novo ministro do Trabalho, caso Cristiane Brasil não possa assumir o cargo, Jefferson descartou de imediato. “A decisão (na Justiça) será revertida porque não tem fundamento, ela é absurda”.

AGU recorre

A AGU (Advocacia-Geral da União) já tomou medidas contra a suspensão da posse de Cristiane Brasil como ministra do Trabalho. Um recurso foi protocolado junto ao TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), com sede no Rio de Janeiro.
 



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