Política

Militares rejeitam plano Temer para presídios

PARA PRESÍDIOS


10/01/2017



Depois de ser duramente criticado por diversos especialistas, o Plano Nacional de Segurança anunciado às pressas pelo governo de Michel Temer na semana passada, após a morte de quase 100 detentos em presídios de Manaus (AM) e Boa Vista (RR), virou alvo dos militares, que se dizem "literalmente" excluídos do documento.

A Federação Nacional dos Oficiais Militares Estaduais (FENEME), que representa 43 entidades da categoria no País, divulgou um manifesto em que demonstra "a mais profunda decepção e desaprovação com o Plano Nacional de Segurança Pública, lançado na última semana pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes".

O documento destaca que o plano do governo Temer "literalmente ignorou em suas 62 páginas a existência da Polícia Militar, "instituição mais que centenária incumbida pela Constituição Federal pela polícia ostensiva e preservação da ordem pública, atividade e missão que responde por cerca de 70% de todo o efetivo".

Para os militares, o plano apresentado "tenderá a inchar ainda mais o já caótico sistema prisional brasileiro". Representantes da PM dizem esperar que Michel Temer, com sua experiência na área de segurança pública e conhecedor da importância da corporação, intervenha para que o plano não se transforme "em mera estratégia de distribuição de recursos federais".

Leia a carta.



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