Na noite da última terça-feira, a delegação do México deixou seu país sob extrema pressão, após o 0 a 0 com a Costa Rica, o quinto empate em seis partidas pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Mas na viagem até o Brasil para a disputa da Copa das Confederações, os jogadores garantiram terem deixado a depressão fora da bagagem. A expectativa de enfrentar algumas das melhores equipes do mundo é vista pelo grupo como uma importante motivação num momento conturbado.

– Sempre existe pressão para uma seleção que disputa esse torneio, pois representa o seu país. Sabemos que nas eliminatórias não estamos fazendo o melhor. Mas agora estamos tentando deixar isso de lado e trocando o chip. Temos a confiança de que estamos aqui porque ganhamos uma Copa Ouro com todo o merecimento – destacou o volante Andrés Guardado, que atua no Valencia, da Espanha.

Com o respaldo dos resultados significativos conseguidos enfrentando grandes seleções – como o Brasil, o qual venceu na decisão da Copa das Confederações de 1999 –, o México acredita que, a começar pela Itália, adversário deste domingo, terá pela frente rivais que jogam e deixam jogar. Assim, espera-se maiores possibilidades de melhorar a média de gols marcados. Nas eliminatórias, a equipe do técnico José Manuel De La Torre balançou as redes apenas uma vez nas últimas três partidas.

– Estamos tentando fazer o melhor na busca por uma vaga no Mundial. Mas agora temos esse grande torneio e vamos aproveitá-lo. Claro que existe a obrigação de vencermos qualquer equipe, mas sabemos que aqui ninguém vai se fechar ou buscar o empate. O jeito é encontrarmos alternativas para marcarmos mais gols – afirmou o atacante Aldo De Nigris, que defende o Monterrey.

Principal nome do futebol mexicano, o atacante Javier “Chicharito” Hernandez, do Manchester United, resumiu o sentimento que espera ver de jogadores e torcida nesta nova empreitada da seleção tricolor.
– Chegamos até aqui e vamos disputar um torneio com algumas das principais seleções do país. Então não podemos ficar olhando somente as coisas ruins e nos lamentar.