Economia

Mercado reduz previsão de inflação para 2025 pela quinta semana seguida


30/06/2025

Portal WSCOM

O mercado financeiro voltou a revisar para baixo a expectativa de inflação para 2025. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 30, pelo Banco Central (BC), a nova projeção caiu de 5,24% para 5,20%. Essa já é a quinta redução consecutiva, mas o número ainda está acima do teto da meta estipulada pelo governo, que é de 4,5%.

Feita com mais de 100 instituições financeiras, a pesquisa serve como um termômetro das expectativas do mercado em relação aos principais indicadores econômicos. Apesar da inflação, o relatório trouxe uma estimativas para o desempenho da economia, os juros, o dólar e outros dados relevantes.

Crescimento econômico

Apesar das mudanças na inflação prevista para o próximo ano, a expectativa do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 segue estável, com previsão de alta de 2,21%, e para 2026, é esperado uma melhora, com a projeção subindo de 1,85% para 1,87%. Vale lembrar que o PIB é um instrumento para a medida que representa tudo o que foi produzido no país e serve para avaliar a evolução da economia.

Em relação à taxa básica de juros, a Selic, os analistas esperam que a projeção é que deve continuar em 15% até o fim deste ano, caindo gradualmente nos anos seguintes. O dólar também teve uma leve queda na projeção: o mercado agora espera que a moeda americana feche 2025 em R$5,70.

Mesmo com a mudança no regime de metas de inflação, que desde o início do ano passou a ser contínuo — com uma meta central de 3% e intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5% —, o Banco Central segue enfrentando desafios. A inflação ainda pressiona e, caso permaneça fora da faixa tolerada por seis meses consecutivos, será necessário justificar o descumprimento da meta pelo Ministério da Fazenda.

Foi o que aconteceu em janeiro, quando o presidente do BC, Gabriel Galípolo, precisou enviar uma carta pública ao ministro Fernando Haddad. Na ocasião, ele atribuiu o resultado ao ritmo forte da atividade econômica, à desvalorização do real e aos impactos climáticos extremos. O cenário de inflação ainda preocupa, e o próprio BC já admite que há risco de a meta ser novamente descumprida ao fim de junho.

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O boletim também mostra pequenas mudanças nas expectativas para a balança comercial e nos investimentos estrangeiros. Como exemplo, para este ano e o próximo, o mercado continua prevendo a entrada de US$70 bilhões em investimento direto no país e um superávit comercial abaixo das estimativas anteriores.



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