Futebol

Mercado interno está privilegiado na janela de transferências

Na Janela


01/02/2013



Eis um balanço do que foi (e está sendo) a movimentação nos bastidores do futebol brasileiro. Este ano muitos clubes ”roubaram” alguns dos principais jogadores dos rivais.

Após muita negociação, Montillo deixou o Cruzeiro e acertou com o Santos. Nada que preocupasse o torcedor da Raposa, já que o time celeste foi o que mais se reforçou. Foram 13 jogadores desembarcando em Belo Horizonte, sendo seis homens do meio para frente juntando-se à Borges, Anselmo Ramon e Martinuccio. Cinco destes vieram do Brasil: Dagoberto (Inter), Lucca (Criciúma), Ricardo Goulart (Goiás), Everton Ribeiro (Coritiba) e Ananias (Portuguesa), além de Diego Souza, que ficou sem clube após litígio com o Al-Ittihad-SAU.

O Santos também trouxe titulares de equipes rivais. Marcos Assunção, Montillo e Cícero vieram para formar um dos melhores meios de campo do país. O Botafogo foi às compras no Sul. Trouxe Julio César e Edílson, laterais do Grêmio, além do zagueiro-artilheiro Bolívar, ex-Inter.
E o Fluminense, como sempre muito polêmico quando vai às compras, tirou Felipe do Vasco e o lateral-direito Wellington Silva do Flamengo. Experiente em Série B, Fernando Prass deixou o cruz-maltino e foi para o Palmeiras, que também trouxe o lateral Ayrton, do Coritiba.

O Vasco fez uma reformulação no elenco sem gastar muito (ou quase nada). Em crise financeira, o clube fez duas boas trocas. Deu Alecsandro para o Atlético-MG e pegou Fillipe Soutto e Leonardo por empréstimo de um ano. Com o Cruzeiro foi parecido: negociou o volante Nilton pelos empréstimos de Sandro Silva e Pedro Ken.

Parceria com o Juventude

O Grêmio fechou um acordo com o clube de Caxias do Sul e trouxe alguns jogadores: o goleiro Follman, o zagueiro Bressan, o volante Ramiro e o atacante Paulinho. Em contra-partida, emprestou o atacante Bergson.

A volta dos troca-trocas

O Vasco precisou ser criativo. Trouxe jogadores baratos, como Michel Alves e André e fez duas trocas: Leonardo e Fillipe Soutto por Alecsandro e Sandro Silva e Pedro Ken por Nilton. O Cruzeiro também fez um troca-troca: quando vendeu Montillo, pediu de volta o volante Henrique, do Santos.

Vira-casaca

O Fluminense conseguiu trazer Felipe e Wellington Silva, dos rivais Vasco e Flamengo. Também queria trazer Márcio Azevedo, do Botafogo. O lateral-direito Gabriel deixou o Grêmio e foi para o maior rival, o Inter.

O atacante Diego Tardelli está fora do Al-Gharafa , do Qatar, e deve ser anunciado nos próximos dias como reforço do Atlético-MG. Se confirmada, a negociação é mais uma que marca uma tendência do mercado brasileiro: o retorno de jogadores jovens não apenas para encerrar a carreira, ou para jogar no clube do coração, como acontecia até anos atrás.

O Corinthians repatriou Alexandre Pato. O atacante de 23 anos deixou o país aos 17 e já retornou. Essa contratação de impacto mostra o quão bem o Brasil está em termos de finanças no futebol.

Além dele, o atual campeão mundial também trouxe Renato Augusto, de 24 anos, e Gil, de 25. O Grêmio conseguiu vencer uma luta contra São Paulo, Flamengo e Atlético-MG e anunciou o atacante Eduardo Vargas por empréstimo, além do veterano Cris, pouco aproveitado no Galatasaray-TUR.

O Flamengo também foi às compras e trouxe dois jogadores de alto nível por empréstimo: Carlos Eduardo, do Rubin Kazan-RUS, e Elias, que estava no Sporting-POR. Outro zagueiro experiente que voltou foi o pentacampeão Lúcio, que após péssima passagem pela Juventus-ITA, retornou ao Brasil para defender o São Paulo.

O Internacional rejuvenesceu o elenco e, após as perdas dos titulares Nei, Guiñazú e Dagoberto, precisou ir ao mercado. Alguns jogadores vieram do Brasil, mas as principais contratações foram de fora do país. Willians voltou após pouco tempo na Udinese-ITA e o lateral Hélder veio do Nancy-FRA.

Contratações de fora

No total, 18 jogadores de fora foram contratados pelos 12 grandes do Brasil. O Corinthians foi o que mais contratou: três atletas. E o Palmeiras foi o único a não trazer ninguém.

Salários altos

Como de costume, os jogadores que vêm de fora ganham salários altos. Há alguns anos, esse padrão impedia que os atletas chegassem, mas hoje os times têm calibre para fazer grandes investimentos.

Poucos vão para a Europa

Apenas nove jogadores deixaram o Brasil rumo à Europa. Wellington Paulista, Douglas, Rafael Cruz, Lucas, Paulo Assunção, Casemiro, Welinton, Liedson e Vagner Love foram para o velho continente.

Outros destinos

Já para outros lugares, como Arábia Saudita, China e outros países da América do Sul, oito jogadores foram embora. No total, 17 atletas deixaram o país. Sem contar voltas de empréstimo.



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