Economia & Negócios

Mercado brasileiro adere ao Valentine’s Day, Dia dos Namorados no mercado internacional

Para não divergir com o tradicional Dia dos Namorados, o varejo brasileiro celebra o amor em todos os relacionamentos no dia 14 de fevereiro, o Dia de São Valentim


13/02/2024

Da Redação



O Brasil tem sempre o seu jeito próprio de fazer comemorações, comida, dança, música, e tantas outras coisas. Isso é a consequência de ter vivido o efeito da influência de vários povos, e também conseguir autenticar a sua identidade a tudo o que chega ao país. Esse efeito não seria diferente nas datas comemorativas.

Um exemplo disso é o Valentine’s Day, que aqui – além da mudança no calendário, também celebra o amor de modo descentralizado para não ter nenhum tipo de choque com o tradicional Dia dos Namorados, celebrado no mês de junho. E nisso se assemelha ao mercado internacional: o Brasil trabalha também outras formas de amores como os relacionamentos entre pais, filhos, irmãos e amigos. O comércio, então, se beneficia com essa onda de presentes incentivados pelas campanhas promocionais do período.

Para a diretora de varejo Maitê Castro, a presença dessa data aquece o mercado e ela diz que “é importante o varejo criar novas experiências para os consumidores, e aproveitar esse ensejo para unir as pessoas que não sejam somente os nossos parceiros amorosos para trazer a memória afetiva de lembranças de amor, lembranças de carinho de uma forma generalizada e não de uma forma tão simples como é colocado. Esse tema é capaz de causar um grande impacto nos consumidores.”

O Valentine’s Day é uma data que genuinamente celebra o Dia dos Namorados em países como os Estados Unidos, México e também em países da Europa, contudo, no Brasil essa comemoração foi adiada pelo o publicitário João Dória – o pai do ex-prefeito de São Paulo – para o dia 12 de junho numa ação publicitária, pois é próxima ao dia que homenageia o santo casamenteiro, Santo Antônio.

Ea presença da mesma ocasião em datas diferentes faz com que o comércio precise criar adaptações mercadológicas para conseguir vender a mesma ideia, presentear a pessoa que ama, para o mesmo público-alvo. Rhuan Penaforte, diretor comercial, diz que “vender no Valentine’s Day exige do lojista uma capacidade de criar mecanismos que diferencie essa data do Dia dos Namorados, pois é uma data forte e que não pode ser perdida. Inclusive, em algumas regiões, coincide os festejos juninos, e fazer essa troca de junho para fevereiro prejudicaria as empresas num período de grande venda dos produtos”.

Uma das alternativas criadas para poder atingir o público desejado é trabalhar o conceito expandido de amor, pois através dessa o espectro de clientes aumenta: descentralizar o amor entre pessoas enamoradas e agregar outros tipos de amor como entre pais e filhos; amigos; irmãos; padrinho e afilhado, e todas as outras formas que não estejam centradas no primeiro caso e que permitam a viabilidade de presentear pessoas.

Maitê Castro também fala que para se encaixar na data, o comércio “precisa focar em proporcionar experiências e contatos para os seus clientes. As pessoas hoje buscam entretenimento e querem estar conectadas umas às outras. É preciso que o varejo entenda que as pessoas querem estar conectadas umas às outras. E que as datas comemorativas não são feitas apenas para a gente comprar ou vender algo, mas para proporcionar, também, experiências únicas e que ficarão marcadas para a vida de todas as pessoas”. Afirma a diretora de varejo.



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