Um menino de 7 anos morreu e sua mãe e irmã permanecem internadas em estado grave após consumirem um ovo de Páscoa envenenado, entregue como presente na noite da última quarta-feira (16), em Imperatriz, no Maranhão. A Polícia Civil prendeu uma mulher suspeita de envolvimento no caso, que é investigado com prioridade.

Luís Fernando Rocha Silva foi a primeira vítima a passar mal após ingerir o ovo junto com a mãe, Mirian Lira, de 32 anos, e a irmã Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos. Segundo familiares, o produto foi entregue por um motoboy, acompanhado de um bilhete com a mensagem: “Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa”.

O menino começou a apresentar sintomas pouco tempo depois. “Mãe, eu tô mole”, teria dito Luís Fernando antes de desmaiar. Ele foi levado ao Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), onde chegou às 21h e passou por mais de uma hora de reanimação. Segundo o gerente de enfermagem Dirceu Castro, “a criança teve uma parada cardíaca […] e às 4h da manhã foi a óbito”.

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Durante a tentativa de reanimação do filho, Mirian também começou a apresentar sintomas de envenenamento. Inicialmente, os profissionais acreditaram que se tratava de uma crise de ansiedade, mas a paciente teve piora súbita, com corpo paralisado, rosto roxo e tremores, sendo imediatamente levada à UTI do HMI. Evelyn Fernanda, que estava na casa de uma tia paterna, também começou a passar mal pouco tempo depois e foi socorrida por policiais militares até o hospital.

Ambas seguem entubadas na UTI. De acordo com a Polícia Civil, uma ligação anônima feita para o celular de Mirian na noite da entrega do ovo levantou suspeitas. A mulher que fez a chamada se identificou apenas ao questionar se Mirian havia recebido o presente, mas encerrou a conversa ao ser questionada sobre sua identidade.

A principal suspeita de ter enviado o ovo foi identificada como Jordélia Pereira Barbosa, de 36 anos, ex-namorada do atual companheiro de Mirian. Ela foi presa na quinta-feira (17), em Santa Inês (MA), e será interrogada formalmente. A investigação segue sob sigilo para não comprometer o andamento do inquérito.

A Polícia Civil confirmou que as amostras do chocolate foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística de Imperatriz (Icrim), onde passarão por análise para verificar a presença de substâncias tóxicas.