Internacional

Meninas de 12 anos serão julgadas por esfaquearem colega nos EUA

Crime


19/12/2014

Duas meninas do estado de Wisonsin, nos Estados Unidos, foram consideradas mentalmente aptas para serem julgadas pelo esfaqueamento de uma colega de escola, em um crime que elas alegaram ter sido feito para agradar um personagem de fantasia chamado “Slender Men”. A decisão do juiz responsável pelo caso saiu nesta quinta-feira (18).

As duas meninas foram acusadas de tentativa de homicídio em primeiro grau no ataque ocorrido em maio na cidade de Waukesha. Segundo a acusação, as duas haviam planejado matar Payton Leutner, sua colega de classe, atraindo-a para um parque florestal e a esfaqueando 19 vezes. Payton sobreviveu e conseguiu ir até uma área de maior movimento após as duas suspeitas fugirem. Ela acabou sendo encontrada por um ciclista.

As duas suspeitas foram encontradas pouco depois indo para uma área de floresta nacional, onde elas disseram acreditar que o Slender Man morava.

As duas meninas tinham 12 anos na data do crime. Uma delas já fez 13 anos desde então. O Slender Men, personagem fictício citado por elas, é descrito como um perseguidor ou sequestrador de pessoas.

Durante a audiência, a menina de 13 anos assistiu calada às discussões entre defesa e acusação, e se dirigiu apenas uma vez ao juiz, dizendo acreditar não ser apta para ser julgada.
Psicólogos que entrevistaram a menina e testemunharam para a defesa disseram que ela é claramente inteligente, mas tem dificuldades em tomar decisões quando é bombardeada por informações. Ela também não entende as nuances do sistema de Justiça, como os riscos de se fazer um acordo com a promotoria.

Já o especialista que testemunhou para a acusações disse acreditar que a menina é altamente capaz, e se mostrou satisfeito com a maturidade dela ao responder perguntas.

A garota passou por um tratamento psicológico em agosto passado, após afirmar a um psicólogo que estava vendo e ouvindo unicórnios, o Slender Men e Lorde Voldemort, o vilão da série “Harry Potter”. Em novembro, uma nova avaliação determinou que seu estado mental havia melhorado.
O juiz marcou uma audiência preliminar para fevereiro.

 



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