Pelo menos 17 pessoas morreram nesta sexta-feira (5) no Egito em confrontos entre forças de segurança e manifestantes contrários e favoráveis ao presidente deposto Mohamed Morsi, segundo o Ministério da Saúde, citado pela TV estatal.

Manifestantes favoráveis e contrários ao presidente egípcio deposto Mohamed Morsi confrontaram-se nos arredores da Praça Tahrir, no Cairo, à noite. Há mortos e muitos feridos, segundo a TV local.

Foram ouvidos disparos, e pedras são jogadas de um lado para o outro. Há barricadas na Ponte 6 de Outubro, sobre o Rio Nilo.

Também há relatos de confrontos no norte do país.

Mais cedo, militares dispararam contra um grupo de islamitas que tentava se aproximar do local onde Morsi estaria sendo mantido sob cativeiro. Pelo menos três pessoas morreram.

O líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, reapareceu em um comício do grupo islâmico no Cairo, e pediu que Morsi seja reinstalado no cargo. Acompanhe a cobertura em tempo real.

A aparição de Badie surpreendeu, uma vez que havia a versão de que ele tinha sido preso pelo exército após o golpe militar da quarta-feira.

Com um helicóptero militar logo acima da multidão, Badie pediu que o exército não atirasse contra seu próprio povo e disse que as manifestações eram mais fortes que os tanques.

Mais cedo, ele pediu que as manifestações continuassem até que a Irmandade levasse Morsi "sobre seus ombros".

O presidente segue sob custódia militar desde o golpe.