Internacional

Mandela está em estado vegetativo; neto acusa família de adultério e oportunismo

Oportunismo


04/07/2013

 A família do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela pensa em desligar os aparelhos que o mantém vivo, segundo um documento judicial de 26 de junho divulgado pela agência "AFP". O documento diz que Mandela está "em um estado vegetativo permanente", e que "os médicos aconselharam a família a desligar os aparelhos que o mantém artificialmente em vida"

"A família Mandela tem pensado nesta opção", diz o documento, apresentado na semana passada à Justiça pela família.

O documento é parte de uma ação judicial que questiona a exumação de três filhos de Mandela. A discussão é para decidir onde será enterrado o ex-presidente.

Há dois anos, Mandla Mandola, neto de Mandela, desenterrou os restos mortais de três filhos do líder negro da vila de Qunu, onde Mandela cresceu. Os três foram sepultados a 20 km de Qunu, em Mvezo, em um centro de visitantes e memorial construído por Mandla em memória de seu avô.

Na quarta-feira (3), a Justiça sul-africana ordenou que os restos mortais sejam levados de volta a Qunu, onde Mandela disse que deseja ser enterrado.

Briga de família

Segundo Mandla, atual chefe do clã Mandela,a família está hoje em guerra pelo legado do ícone da luta contra o apartheid. O assunto não é comentado em público pela família, segundo ele, para dar a impressão de união.

O neto do ex-presidente acusa os parentes de Mandela de serem rancorosos e de tentarem se aproveitar de sua fama.

A discussão descamba para outros assuntos de família. Segundo o site "DNA India", em uma entrevista ao vivo a uma emissora de TV local Mandla afirmou nesta quinta-feira (4) que seu filho, Zanethemba, é na verdade fruto de adultério.

O neto de Mandela afirma que a criança nasceu de um caso de seu irmão Mbuso com sua sua ex-mulher, Anais Grimaud. Mandla diz que é estéril.

Estado de Mandela

Mandela, 94, está internado em um hospital de Pretória há quase um mês, com uma infecção pulmonar.

A presidência da África do Sul divulgou um comunicado nesta quinta-feira (4) dizendo que o estado do líder na luta antiapartheid é "crítico, mas estável".



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