A Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) deu um freio na euforia causada em parte da população por causa das últimas chuvas ocorridas na Paraíba. De acordo com o superintendente da entidade, João Fernandes, o maior índice registrado no Estado foi de apenas 11 milímetros. Apesar da declaração, o dirigente fez uma previsão animadora. Segundo ele, as ocorrências pluviométricas identificadas nos meses de dezembro e janeiro são consideradas normais, porém, representam um recuo do fenômeno El Niño.

{arquivo}“Essas chuvas que aconteceram é uma espécie de preparação ou pré-temporada. Isso normalmente acontece todos os anos nessa época, mas não houve chuvas significativas em nenhum município da Paraíba”, disse João Fernandes, em entrevista à Rádio Arapuan FM.

O superintendente complementou: “Mas, isso é muito bom, porque é prenúncio de que haverá realmente chuvas, não sabemos quando, quanto e nem onde exatamente, mas os meteorologistas ficam animados, sobretudo, porque, eles analisam que há um certo arrefecimento, ou seja, a redução da influência do El Niño, um fenômeno da natureza que aquece as águas do mar, e precipita as chuvas no Sul do País, prejudicando o Norte e, principalmente, o Nordeste brasileiro, que tem 29% da população, mas tem apenas 3% das águas potáveis do Brasil”.

João Fernandes ainda negou a informação de que o Açude de Boqueirão, manancial responsável pelo abastecimento de Campina Grande e região, teria recebido 26 milhões de metros cúbicos de águas oriundas as últimas chuvas

“Boqueirão não tomou água ainda porque as poucas chuvas que caíram na região de Taperoá não deram para encher os mananciais, e consequentemente, não deram para descer rio a baixo. Nem mesmo as chuvas ocorridas dias atrás em São Sebastião de Umbuzeiro, no Cariri paraibano, teria dado para isso”, concluiu.