A mãe do advogado Manoel Mattos, dona Nair Ávila, disse na manhã desta quinta-feira, 14, em João Pessoa, onde participa de um seminário sobre a federalização do caso, que vive hoje em prisão domiciliar e que sua luta agora, como defensora dos direitos humanos, assim como foi seu filho, é para que outras mães não chorem a morte de seus filhos.

Manoel Mattos foi assassinado no dia 24 de janeiro de 2009, numa tragédia anunciada, já que havia se livrado de outras emboscadas e vivia sobre constantes ameaças por denunciar o esquema de grupo de extermínios na região de divisa entre Paraíba e Pernambuco.

De acordo com dona Nair, a federalização do caso é uma esperança para que o caso tenha um desfecho digno. "Na minha cabecinha, a Polícia Federal é isenta e graças a Deus este é o primeiro caso no Brasil".

A mãe do advogado falou ainda da mudança radical em sua vida após a morte do seu filho. "Eu perdi meu filho e minha liberdade, mas gosto muito de uma frase que Manoel Mattos disse no último comício que participou: as lagrimas de hoje serão combustível para as vitórias de amanhã".