Futebol

Luxemburgo insiste em chegada de ídolo no Fla: ‘Craque é o mais barato’

Ambição


22/11/2014



A temporada de 2014 terminou para o Flamengo e o foco é todo em 2015. Por isso, o técnico Vanderlei Luxemburgo insiste na tecla de contratar um craque e ídolo para o time na próxima temporada. O discurso não agradou tanto a diretoria, que se vê em difíceis condições de arcar com os custos de um nome badalado pelo alto investimento necessário. Mas a visão é oposta ao que pensa o técnico do Flamengo. Segundo ele, craque é o jogador mais barato do elenco.

"Acho craque o mais barato de toda a equipe. O craque traz conquista de campeonato, novos torcedores, enchem estádio, uma séria de outras coisas. Craque, como na época do Zico, era assim: ‘Rapaziada, vamos correr pelo Pascoal (apelido de Zico) hoje porque ele que resolve nosso problema’. Então todos nós corríamos para ele, que ganhava mais do que todo mundo no Flamengo naquela época. Então craque não é caro. Caro é jogador que não dá resposta, não faz gol, não acrescenta nada. Esse é caro. Craque é um jogador muito barato", disse Vanderlei.

O treinador reconheceu que atualmente há a necessidade de contar com investidores e dialogar com empresários para formar equipes competitivas. Novamente, ele lembrou os tempos de Zico para argumentar que o Flamengo precisa ter novamente uma referência no elenco. Depois, ele explicou a relação necessária com os empresários.

"Vamos ter de ser inteligentes e entender a realidade do mercado. Tem de ter investidor. Você não consegue montar time hoje que não seja com investidores, com os empresários. Aí quando você parte para o empresário dizem que Luxemburgo faz negócio com empresário tal. Se você não sentar com os caras para negociar, não tem time. Essa é a grande realidade. Tem o mercado sul-americano, qual jogador que está no exterior e pode voltar. Tem de estar atento a tudo. Fazer parcerias e tudo o que acontece no futebol hoje", completou o técnico.

Luxemburgo esbanjou sinceridade na coletiva após o treinamento nesta tarde, no Ninho do Urubu. Perguntado se teria participação efetiva na contratação do ídolo, com informações e análises, ele foi direto.

"O tempo todo estou do lado deles dando meu parecer técnico. E sempre foi assim. Eu não tenho pretensão política, de ser presidente, a não ser lá na frente, já falei. Sempre a questão técnica passa pelos técnicos. Não existe não passar. Temos conversado constantemente sobre nomes para trazer, desde lá atrás. Essa coisa de surgir o ídolo, de repente nem contrata, surge aqui. Um jogador que mês e meio atrás estava largado aí, iam trocar pelo Feijão é o Gabriel. Hoje ninguém quer que saia. E de repente pelo jeito de jogar, moleque, se torna ídolo", afirmou o técnico na entrevista coletiva.

Para o jogo de domingo, contra o Criciúma, em São Luís, no Maranhão, o atacante Eduardo da Silva, ainda sentindo dores no tornozelo direito, e Samir, com problema muscular, estão vetados.



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