Mais Esporte

Lutador briga em boate no AC, agride colega de cela e fala em ‘armação’

'Armação'


06/08/2013

O acreano Deroci Barbosa, lutador de MMA, se envolveu em confusão em uma boate de Rio Branco e, encaminhado à delegacia para prestar queixa, o atleta acabou sendo preso e chegou a agredir o companheiro de cela. O lutador falou sobre o caso e suspeita de ‘armação’, pois já tinha um problema antigo com um dos policiais que estava de plantão no dia da prisão. O caso aconteceu em julho, mas ainda está em andamento na Corregedoria da Polícia Civil do Acre.

O lutador conta para a reportagem do GLOBOESPORTE.COM sua versão dos fatos. Deroci alegou que se defendeu de três agressores na boate e a confusão toda começou por um empurrão.

A história não terminou apenas na briga na boate. Levado para a 1ª Regional de Rio Branco, Deroci foi preso e colocado em uma cela com outro preso. O lutador alega que o companheiro de cela quis agredí-lo e ele se defendeu.

– Não sei se alguém conversou com esse preso para ele me agredir. Não sei se foi combinado, só sei que quando entrei na cela o preso começou a vir querer brigar comigo. Eu chamei várias vezes os policias, ninguém apareceu, e eu ouvia as risadas deles (policiais) lá fora. O preso me agrediu e aí me defendi. Quando bati no preso, logo apareceram os policiais, pois os outros rapazes da boate eram amigos do preso e eles, que estavam na cela ao lado, chamaram os policiais", relata.

Caso Antigo

O ‘problema’ entre Deroci Barbosa e o policial Paulo Cahú começou em 2010. O atleta relatou que quando fazia uma aula prática parar tirar a habilitação dois policiais dentro de uma viatura descaracterizada começaram a pedir passagem. O lutador conta que não tinha como dar passagem, pois a pista ao lado estava engarrafada.

Ainda segundo Deroci, os policiais ultrapassaram o carro da autoescola falando palavras de baixo calão para o atleta, que na época ainda não era um lutador profissional. O rapaz respondeu com um gesto obsceno e acabou sendo abordado. O caso foi parar na delegacia, onde houve uma conciliação. Um dos policiais em questão eram Paulo Cahú, que estava de plantão no dia em que o lutador agrediu o companheiro de cela. O lutador continua explicando sua versão.

– Após a agressão na cela, os policiais vieram e me algemaram. O Paulo Cahú pegou a pistola, armou e de fora da cela mandou eu e o outro preso encostarmos na parede. Ele disse que se olhasse para ele, atiraria. Fiquei calado. Depois ele me colocou sozinho em outra cela e fiquei esperando a escrivã chegar, mas aí o delegado não quis me ouvir – completou.

O delegado em questão era Saulo Ribeiro, que não quis comentar o caso. A equipe do GLOBOESPORTE.COM falou então com o delegado Adriano Araújo, que explicou que o caso do policial civil, Paulo Cahú, já está na Corregedoria.

– O Paulo me deu a versão dele. Disse que realmente deu o golpe na pistola, mas para se defender contra dois detidos – disse Adriano Araújo.

O policial civil Paulo Cahú nega todas as acusações de Deroci Barbosa. Paulo confirmou o episódio de 2010, mas tratou como uma ‘abordagem normal’. Segundo ele, Deroci faltou com respeito ao fazer um gesto obsceno para os policiais e foi abordado de uma maneira padrão.

– Já fiz inúmeras abordagens e nunca tive problemas pessoais com ninguém. Se eu fosse marcar todas as pessoas que abordo… Tudo o que ele me acusou é mentira, o caso está na Corregedoria e quando eu for inocentado ele vai pagar judicialmente pelo que está fazendo comigo – disse Paulo Cahú.

Deroci Barbosa e outro rapaz envolvido na briga da boate já fizeram um acordo em que o atleta pagará uma indenização para ele. Outra audiência está marcada para o dia 23 de agosto.

Para ler mais notícias do Globo Esporte Acre, clique em globoesporte.globo.com/ac. Siga também o GE AC no Twitter.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //