O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou declarações feitas recentemente por autoridades norte-americanas e defendeu a regulamentação das plataformas digitais. O presidente lembrou que os dois países mantém relações diplomáticas há 201 anos e afirmou que ao contrário do dito por Donald Trump os EUA são superavitários na relação.

“O comércio com os Estados Unidos, no ano passado, foi de 87 bilhões de dólares. Eles venderam 47 bilhões para nós e nós vendemos 40 bilhões para eles. Ou seja, eles tiveram um superávit de 7 bilhões”, afirmou o chefe de Estado.

O presidente também rechaçou as críticas de que direitos humanos estariam sendo aviltados no país com a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula defendeu que seu antecessor está sendo julgado “pelas mazelas que cometeu”. “Ele está sendo julgado pela tentativa de assassinato contra mim, contra o vice-presidente e contra Alexandre de Moraes, pela tentativa de colocar um carro-bomba no aeroporto e por invasão à Polícia Federal”, afirmou.

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O presidente responsabilizou o ex-mandatário por milhares de mortes durante a pandemia, criticando a defesa de medicamentos ineficazes e o discurso contra vacinas. “Pelo menos 30 mil mortes foram causadas pela irresponsabilidade dele”, disse Lula, lembrando declarações em que a vacina foi associada a virar “jacaré” ou “gay”.

Outro ponto destacado pelo presidente foi a necessidade de regular as plataformas digitais para combater crimes e discursos de ódio. Lula encerrou reforçando que a postura do Brasil será firme diante de ataques e desinformação, defendendo soberania e respeito às regras do Estado de Direito.