Economia

“Lula não pretende prejudicar o investimento para atingir a meta de déficit zero”, diz Wellington Dias

Ministro disse que o equilíbrio fiscal será alcançado por meio do crescimento econômico


03/11/2023

Lula e Wellington Dias (Foto: Roberta Aline)

Brasil 247

 

 

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, defendeu a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se opôs à meta de déficit fiscal zero para 2024 durante um encontro com jornalistas no Palácio do Planalto. Em entrevista ao Valor, Dias se junta a outros membros do governo que argumentam a favor de uma abordagem mais flexível em relação à meta prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A discussão gira em torno do equilíbrio entre a necessidade de manter as contas públicas em ordem e a importância de promover investimentos para estimular o crescimento econômico. O ministro reconhece que um país com finanças equilibradas experimenta vantagens, como a redução do risco e das taxas de juros. No entanto, ele destaca a importância de continuar combinando investimentos públicos com o setor privado para impulsionar a economia.

Dias enfatiza que o presidente Lula entende que é crucial promover o crescimento econômico, pois isso gera receita e contribui para o equilíbrio das contas públicas. Ele destaca que programas sociais, como habitação, têm um efeito multiplicador na economia, enquanto investimentos em áreas como saúde e saneamento ajudam a reduzir as despesas governamentais.

A preocupação com a necessidade de equilibrar as contas públicas é importante, mas o ministro ressalta que o presidente Lula não deseja sacrificar os investimentos que estimulam o crescimento econômico. Ele enfatiza que é fundamental continuar com a estratégia de somar investimento público aos investimentos privados para criar um ambiente propício ao desenvolvimento.

No que diz respeito ao Bolsa Família, Dias promete que até o final do ano a fila de candidatos será reduzida para um patamar histórico de cerca de 300 mil famílias. No entanto, ele adverte que o benefício não deve ser reajustado no próximo ano devido à queda nos preços dos alimentos observada no ano corrente.



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