Política

Lula faz apelo a premiê da Itália por vacinas a países pobres

"Já mandei uma mensagem a Biden, Macron, Angela Merkel e à China. Eles devem estender a mão a quem não tem possibilidade", afirmou Lula em entrevista à emissora italiana Sky TG24


23/07/2021

Brasil 247



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo ao primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, para garantir o acesso de países pobres a vacinas contra o novo coronavírus. Em entrevista à emissora italiana de notícias Sky TG24, o petista disse que as nações ricas devem assegurar que “todos os países, independentemente de sua condição econômica, possam receber vacinas, porque todos os habitantes do planeta têm direito de ser tratados com dignidade”.

“Já mandei uma mensagem a Biden, Macron, Angela Merkel e à China. Eles devem estender a mão a quem não tem possibilidade”, afirmou Lula, que lidera todas as pesquisas, sobre a corrida presidencial, para as eleições de 2022.

Segundo o ex-presidente, países como Cuba, Venezuela e Irã são “vítimas de um bloqueio e não recebem vacinas por causa do embargo”, enquanto muitos outros simplesmente “não têm dinheiro”.

“Existe sempre um modo de marginalizar uma parte da humanidade. Então, se pudesse enviar uma mensagem a Draghi, diria que é importante que no G20 de outubro seja tomada a decisão de compensar as deficiências de vacinas nos países mais pobres. O apelo que eu gostaria de fazer é este: a vacina não deve ir apenas para quem pode comprar, mas sim para todos os seres humanos”, acrescentou.

A Itália preside o G20 em 2021 e vai receber os líderes do grupo nos dias 30 e 31 de outubro, em Roma, quando a vacinação anti-Covid deve ser um dos principais temas em pauta.

Apesar das promessas de doação de imunizantes e de aumentar a capacidade de produção em países pobres, pouco foi feito até agora.

Segundo o portal Our World in Data, 27% da população mundial já recebeu ao menos uma dose de vacinas contra a Covid, mas esse índice cai para 1,1% quando se considera apenas as nações de baixa renda.

Até o momento, já foram aplicadas cerca de 3,8 bilhões de doses em todo o mundo, porém somente 62,33 milhões na África (1,64% do total), que reúne cerca de 15% da população global.



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