O candidato a senador Lucélio Cartaxo (PT) se mostrou surpreso com a nova declaração do ex-governador e também postulante ao Senado, José Maranhão (PMDB), no qual afirma que só está batalhando para impugnar a candidatura do petista na Justiça por que esse havia feito primeiro. Segundo o petista, o peemedebista ou está desinformado ou buscou confundir a opinião pública “tentando se passar por vítima”.

“Estou focado em manter essa disputa apenas no campo das ideias, contudo, ele insiste em buscar formas e fatos para tentar enfraquecer nossa caminhada. Muitas vezes com inverdades como essa. Desde quando nós tentamos impugnar a candidatura de Maranhão? Não existe nenhuma ação de nossa parte contra a candidatura dele”, disse Lucélio.

E complementou: “Não precisamos disso. Nossa estratégia está na propagação de nossas ideias, no sentido de convencer a população a abraçar nosso projeto de forma democrática, deixando que somente ela decida qual será o resultado. Quem entende de judicialização de pleito; de buscar vencer no tapetão é o PMDB”.

Lucélio ainda lembrou que não é a primeira vez que o PT é “vítima de perseguição” por parte do PMDB na Paraíba. Ele citou como exemplo a batalha judicial travada pelo partido para impedir a candidatura de Peron Japiassú a vice-prefeito de Campina Grande, nas eleições de 2012.

“Querem fazer com o PT da Paraíba o que fizeram em Campina. É pura repetição de estratégia: tentar decidir eleição na Justiça. Achava que o Maranhão e o PMDB havia aprendido com seus erros, mas vejo que preferem insistir nessas práticas conservadoras de vencer eleição”, enfatizou Lucélio.

Para o advogado Marcos Túlio, membro da equipe jurídica do PT, a declaração de Maranhão é reflexo de sua tentativa de tirar da população a chance de optar pela renovação, que quebre no Senado a lógica do conservadorismo.

“A psicologia explica que o ser humano, quando não consegue justificar os próprios erros, tende a transferir sua responsabilidade para terceiros. É o que faz o candidato. Ele quer justificar o injustificável”, explicou o advogado, que desafiou: “Se o candidato Maranhão mantém sua afirmação, deve apresentar provas do que alega”.

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