A revitalização do Centro Histórico de João Pessoa ganhou mais força, nesta segunda-feira (17), com o lançamento dos editais do ICMS Cultural Ações Continuadas e do Patrimônio Histórico. O evento foi liderado pelo governador João Azevêdo (PSB) e as ações são voltadas totalmente ao setor cultural paraibano, com recursos de incentivos fiscais concedidos a empresas patrocinadoras.

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Diversos representantes políticos e do setor cultural estiveram presentes no evento, como o prefeito Cícero Lucena (PP), que declarou que a prefeitura também tem metas para o Centro Histórico que devem ser divulgadas ainda neste mês.

“Eu acredito que até a próxima semana estamos encaminhando a ampliação dessas áreas para atingir, por exemplo, ali próximo à lagoa que, sem dúvida nenhuma, também precisa ser cuidada”, afirmou.

O prefeito também pontuou que, além das mudanças que podem ser iniciadas através do Poder Público, também é necessário o incentivo do setor privado.

“Bem como estimulando também a iniciativa privada para que possa fazer projetos, inclusive com um incentivo muito interessante, que é a Reversa, onde a pessoa, em vez de pagar fazendo a construção aqui no centro, ele passa a reforma e ele pode usar esse crédito para construir qualquer área da cidade de João Pessoa. Isso é um estímulo, à iniciativa privada, para fazer investimentos também no Centro Histórico”, concluiu.

O governador João Azevêdo, que liderou o evento, reafirmou a importância do olhar para o Centro Histórico. “É mais um passo extremamente importante que a gente dá na direção daquilo que já começamos há algum tempo, que é o projeto Viva o Centro. Eu acho que o Centro Histórico de João Pessoa merece toda a atenção e todos os esforços do governo para que isso verdadeiramente possa ser um projeto que não tenha interrupção”, disse o governante.

Em relação aos critérios que as empresas precisam seguir para receber os incentivos governamentais para as obras na localidade, João pontuou que é importante que a empresa tenha o objetivo de fomentar a área com a obra, e não apenas fazer uma ocupação.
“O projeto é analisado dentro daquilo que vai ser o objeto da própria restauração. A restauração não pode ser única, exclusivamente, para fazer a restauração e manter um prédio fechado. Não tem sentido o projeto. A gente quer que o prédio seja recuperado e que tenha uma função, seja ela a função, ou de comércio, ou de visitação, ou de museu. Mas ela tem que ter uma dinâmica para atrair pessoas aqui para o Centro de História”, declarou.

O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, o vereador Dinho Dowsley, assumiu que em 2024 houve uma freada nas pautas relacionadas à revitalização do Centro. No entanto, afirmou que há a intenção de inflar essa pauta a partir deste ano.

“No ano eleitoral, no ano passado, não houveram vários investimentos, mas antes da eleição houve sim já alguns anúncios, mas a gente volta. Não podemos perder essa bandeira. E pelo contrário, vamos ampliar essa. Essa bandeira aqui é da revitalização e da melhoria do Centro Histórico”, pontuou o vereador.

Quem também esteve no evento foi o presidente da Academia Paraibana de Letras, Ramalho Leite, que celebrou o retorno das obras do memorial em homenagem ao poeta paraibano Augusto dos Anjos.

“Agora, saio daqui muito feliz porque o governador anunciou que assumiu a obra que vai fazer o memorial Augusto dos Anjos, isso para nós é uma satisfação, nós temos um memorial minúsculo internamente, mas que esse acervo passaria para o grande memorial de Augusto dos Anjos, um memorial à altura do valor e da história dele”, disse.

O Centro Histórico vive
O secretário da Inova Centro, Thiago Lucena, aproveitou a ocasião para destacar a força que o Centro Histórico ainda possui na capital paraibana, mesmo que haja muito a ser feito no lugar.

“O centro historicamente se fortaleceu muito e hoje a gente tem ainda alguns nichos de mercado aqui muito fortes no centro. Para quem disse que o centro está morto está muito enganado e você pode ver em avenidas como a Marcial Pinheiro, tem mercados nichados e começa que está desde os anos 50 aqui. Mas também não adianta a gente pensar que a gente quer fazer com que o Centro Histórico volte como era antes”, afirmou.

Pensando no futuro, o secretário acredita que é necessário, além de incentivar o que já existe, estimular um novo comércio no centro. “A gente tem que enxergar no centro e qual é a nova vocação do centro. Então se a gente trouxer uma habitação, não somente os programas habitacionais da prefeitura, mas a gente estimular que a própria iniciativa privada venha a explorar o centro, que se torne um ambiente atrativo, a gente vai trazer também um novo comércio, como a padaria, a farmácia”, concluiu.