Política

Líder tenta desqualificar críticas, mas comprova que reajuste não atingiu maiori


30/01/2014

O deputado Carlos Batinga (PSC) afirmou, nesta quinta-feira (30), que a tentativa do líder do governo na Assembleia da Paraíba (ALPB), deputado Hervázio Bezerra (foto), de tentar desqualificar sua análise crítica do reajuste dos servidores públicos estaduais, anunciado na ultima segunda-feira (27), pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), apenas reforça suas ponderações de que a grande maioria do funcionalismo público ficou mesmo sem um ganho real, já que os índices anunciados sequer repõem, para a grande maioria dos servidores, a inflação de 5,91% acumulada em 2013.

Em nota, divulgada por sua assessoria, Hervázio rechaçou a declaração Batinga de que mais de 80% dos funcionários ficaram sem aumento, pois o índice linear de 5% não teria superado a inflação do ano passado. No entanto, não apresentou nenhum dado novo, apenas confirmou o que foi dito pelo deputado oposicionista.

Hervázio demonstrou que os 41.528 servidores que percebem o salário mínimo tiveram um reajuste de 6,78%. Batinga ressaltou que o anúncio de 6,78% para 41.528 servidores, que ganham um salário mínimo e representa 34% da folha de pessoal, não foi uma iniciativa do governador, que apenas cumpre a legislação federal, que obriga os Estados e Municípios a pagarem o salário mínimo nacional. “Independente de sua vontade o governador tem que pagar, então não tem por que o governador ficar se vangloriando, de pagar apenas o salário mínimo para mais de um terço dos funcionários estaduais", afirmou Batinga.

Com relação ao aumento para quem recebe salário mínimo, a secretária estadual de Administração, Livânia Farias, também confirmou a análise de Batinga em entrevista a imprensa. “Quem recebe o salário mínimo terá o reajuste dado pelo governo federal para o salário mínimo que é de 6,78%. Quem recebe acima do salário mínimo, terá o reajuste linear de 5%”, disse Livânia em entrevista ao Portal Correio.

Sobre os 21.334 servidores da Segurança Pública, o líder disse que tiveram reajustes de 10%, mas, segundo Batinga, para tentar ludibriar a opinião pública, se “esqueceu” de dizer, que como o aumento não foi estendido aos reformados, pensionistas e licenciados, as categorias da área não foram totalmente contemplados. Já Livânia Farias disse que “o aumento dado às policias será através de vale alimentação e bolsa desempenho, coisa que os inativos não podem receber, limitando apenas a receber os 5% de aumento linear”. “O aumento linear de 5% será dado a todos os técnicos administrativos”, ratificou a secretaria.

Batinga diz também que Hervázio tenta confundir a população quando afirma que 27.124 servidores da Educação tiveram os salários reajustados em 13,57%. “Este percentual contempla apenas o magistério, os professores com carga horária de 40h”, lembrou. Com relação aos 3.098 funcionários da Saúde, para os quais o aumento anunciado foi de 5% a 10%, Batinga afirma que poucos setores da área receberão valores superiores a 5%. “A grande maioria não vai sequer receber a inflação de 5,91%”, "os movimentos de protesto já iniciado por diversos sindicatos e associações mostra a frustração que existe na maioria dos servidores, principalmente os aposentados", ratificou.

“Enfim, vamos esperar os contracheques dos servidores e a partir daí ver se realmente o que o governador falou no anúncio confuso e o que o líder dele na assembleia prega vai se concretizar e atender as expectativas geradas em parte dos servidores”, declarou.

“A inflação acumulada nos três anos desta administração estadual beira os 20% (2011- 6,5%, 2012- 5,83% e 2013- 5,91%), enquanto as reposições que este governo insiste em chamar de aumento foram respectivamente: 3%, 3% e 5%, representando uma perda para a maioria dos funcionários neste período de quase 10%”, acrescentou.


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