O deputado estadual Hervázio Bezerra (PSB) – líder do Governo na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) – disse, nesta segunda-feira (27), que a crise política entre o presidente da ALPB, Adriano Galdino (PSB) e o chefe de gabinete do governador Ricardo Coutinho (PSB), Fábio Maia, é antiga.

Hervázio disse que já conhecia as queixas de Adriano, mas ressaltou que ficou surpreso com a declaração do colega socialista. “O deputado Adriano Galdino não é homem de meias palavras. Ele tem problemas de ordem política e não pessoal com Fábio Maia. Foi um desabafo do presidente da Assembleia, aliado do governo de primeira hora e um dos estandartes do governo, que teve a sinceridade de externar”, comentou, em entrevista à Rádio CBN.

O líder do Governo prometeu ainda procurar Fábio Maia para tentar encontrar um desfecho positivo para a crise entre correligionários. Segundo ele, o “confronto” entre um presidente do Poder Legislativo e um auxiliar do Governo não é positivo, sobretudo, entre aliados.

Por fim, Hervázio Bezerra disse ainda que o Governo do Estado já conhece o problema e que irá, em tempo hábil, contorná-lo. “Quero crer que amanhã teremos esse caso com um ponto final. Isso não vai influenciar na relação entre os poderes Executivo e Legislativo”, disse.

Entenda
O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (PSB), lamentou, no último sábado (25), o tratamento que vem sendo dado por Fábio Maia, que é dirigente do PSB em Campina Grande, aos seus aliados políticos na cidade.

“Em Campina Grande não sou ouvido para nada. Fábio Maia quer monopolizar as atenções, usa o cargo de chefe de gabinete do governador para pressionar, colocar e retirar prestadores de serviço, e isso não faz parte da forma com a qual nosso partido trabalha”, lamentou o presidente da ALPB.

Deputado não acredita em intervenção
Adriano Galdino ainda afirmou que não acredita em intervenção do governador Ricardo Coutinho (PSB) para tentar solucionar o problema com Fábio Maia. “É o estilo dele [de Ricardo Coutinho], não é porque ele tenha mais consideração à ‘A’, ‘B’ ou ‘C’, é o estilo dele, é o tipo de coisa que ele não quer entrar. Ele acha muito varejo para ele entrar. A preocupação não é mais resolver, pois, isso já foi derramado. A minha preocupação é que as pessoas saibam que eu não estou com condições de resolver”, disse.