O deputado federal Leonardo Gadelha (PSC-PB) defendeu que atualmente na Paraíba existem duas candidaturas de situação, uma de oposição, e uma quarta via que, segundo ele, poderá surpreender: a do blocão. “Há uma candidatura que está sendo colocado como de oposição, mas é de situação, a do PSDB”, afirmou Gadelha, em Brasília. A declaração foi dada após a divulgação da última pesquisa de intenção de voto para o Governo da Paraíba.

“Até este momento, ela representa uma segunda candidatura de situação, haja vista o PSDB fazer parte do consórcio que administra o estado da Paraíba, que elegeu o atual Governo, e dá sustentação ao Governo na Assembleia Legislativa”, avaliou o vice-líder do PSC na Câmara dos Deputados.

De acordo com o deputado paraibano, havia uma perspectiva de fortalecimento das candidaturas de oposição, “em função daquilo que se supunha ser uma rejeição ao atual governo”. A pesquisa, disse Leonardo Gadelha, confirmou esse quadro. “O atual governante tem uma rejeição muito acentuada, isso deverá dificultar o seu sucesso e até mesmo o seu ingresso no segundo turno.”

Portanto, segundo o deputado do PSC, existem duas candidaturas de situação, uma de oposição já anunciada, do PMDB, com Veneziano do Rego, e uma possibilidade bastante acentuada que a Paraíba tenha uma candidatura do chamado blocão, formado pelo PT, PP e PSC. “A expectativa é que, a partir da definição de um nome do blocão, teremos um cenário completamente diferente”, afirmou.

“É por isso que eu acho que essa pesquisa de agora serve como uma fotografia do quadro neste momento, mas há um processo que vai se afunilar e vai se estender até junho do ano que vem, e esperamos que até lá exista um novo ator, um novo grupo político atuando, que seria o blocão”, disse o deputado federal.

Efeito Marina Silva

Leonardo Gadelha também se manifestou sobre a filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. “Não tenho dúvida que a entrada de Marina fortalece a pretensão do Partido Socialista Brasileiro, isso é inequívoco e inquestionável, e talvez tenha reflexo nas candidaturas do PSB em todo o Brasil”, disse o vice-líder do PSC.

Na análise de Gadelha, o fato de o atual governador da Paraíba ser filiado ao PSB lhe renderá algum tipo de benefício, com o fortalecimento da legenda. “Mas é muito difícil mensurar o tamanho desse benefício”, disse. “O que há de mais importante nesse instante é uma taxa de rejeição muito elevada. E a rejeição é sempre um impeditivo, funciona como um teto para as pretensões do candidato. Se essa taxa for mantida nos atuais patamares, é pouco provável que mesmo o efeito Marina promova uma alteração mais significativa no quadro político-eleitoral da Paraíba.”