Paraíba
Justiça mantém prisão de Hytalo Santos e marido, e defesa protocola novo pedido de habeas corpus
16/08/2025

Portal WSCOM com SBT e g1
A Justiça de São Paulo manteve, neste sábado (16), a prisão preventiva do influenciador paraibano Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, detidos na sexta-feira (15) em uma residência em Carapicuíba, na Grande São Paulo. O casal é investigado por exploração e exposição de menores em conteúdos para redes sociais e segue sob custódia após audiência online.
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A decisão ocorreu no mesmo dia em que a defesa apresentou um novo pedido de habeas corpus. O primeiro requerimento havia sido negado, segundo os advogados, em razão do horário em que foi protocolado.
Os representantes legais do casal alegam que precisaram elaborar a nova solicitação com base apenas em informações divulgadas pela imprensa, uma vez que ainda não tiveram acesso integral ao processo. A estratégia, segundo fontes ligadas ao caso, inclui a possibilidade de transferir Hytalo e Israel para uma delegacia em Pinheiros, na capital paulista, o que facilitaria a atuação da defesa.
Acusação de “adultização” de menores
As investigações contra Hytalo tiveram início em 2024, após denúncias de vizinhos sobre festas e gravações envolvendo adolescentes em um condomínio de Bayeux, na Grande João Pessoa. A promotora Ana Maria França Cavalcante de Oliveira, da 2ª Promotoria de Justiça de Bayeux, aponta que o influenciador promovia a chamada “adultização” de crianças e adolescentes, incentivando performances sexualizadas para obter engajamento digital.
Segundo o Ministério Público da Paraíba (MPPB), os jovens eram integrados a um grupo chamado de “crias”, “filhas” e “genros”, vivendo sob tutela informal do influenciador. Além da participação em conteúdos, recebiam apoio financeiro de Hytalo. O caso ganhou repercussão nacional após denúncias feitas em vídeo pelo youtuber Felca.
Com a manutenção da prisão após a audiência de custódia, Hytalo e Israel deverão ser encaminhados ao CDP de Carapicuíba e ficarão à disposição da Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, podendo ser trazidos à Paraíba, onde tramitam os inquéritos.
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