Policial

Justiça mantém presos acusados de expulsar moradores de casas populares para trá

preventiva


10/03/2015



Quinze presos na Operação Esbulho, realizada pela Polícia Civil da Paraíba no dia 26 de fevereiro deste ano, vão continuar detidos durante as investigações referentes à expulsão de proprietários de residências do Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, para o tráfico de drogas em João Pessoa. Os flagrantes e mandados de prisão temporária foram convertidos em prisões preventivas pela juíza Maria Emília Neiva Oliveira, titular da Vara de Entorpecentes da Capital.

A ação policial foi desenvolvida pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) da PC e aconteceu na comunidade Boa Esperança, bairro do Cristo Redentor com o apoio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco/MPPB) do Ministério Público. Dez mandados de prisão foram cumpridos, entre eles o do apenado da Penitenciaria Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1), Djanilson Meireles de Lima, de 28 anos, que já cumpria pena por homicídio. Ao todo 15 pessoas foram presas e apreendidas.

Segundo o delegado titular do GOE, Allan Terruel, a decisão do Poder Judiciário foi pautada no trabalho investigativo da Polícia Civil. “A conversão em prisão preventiva é importante porque garante que os criminosos vão passar mais tempo na prisão, o que contribui para as investigações e possível constatação de envolvimento em outros crimes. Ainda denota o trabalho exemplar da Polícia Civil que deu razões substanciais à Justiça dos crimes cometidos até agora”, frisou. O nome da operação fez referência ao ato de esbulhar, pelo qual o proprietário perde posse de alguns bens de maneira violenta ou clandestina.

De acordo com as investigações, o esquema criminoso era coordenado de dentro do presidio através de ligações telefônicas ou informações repassadas pela mulher do apenado aos membros da quadrilha que obrigavam as famílias a deixarem as casas e depois revendiam o imóvel e com o dinheiro compravam drogas para abastecer o tráfico em vários bairros de João Pessoa. Algumas casas também eram usadas pelos criminosos como ponto de venda de entorpecentes na comunidade. Djanilson Meireles era responsável por coordenar os crimes. “Este preso seria a pessoa que chefiava o grupo e a operação foi muito importante porque prendeu todos os principais membros do grupo como as pessoas que guardavam as chaves das casas e outros que expulsavam os moradores”, revelou Terruel.

A polícia acredita que pelo menos 30 famílias teriam sido vítimas destes criminosos e estas vão poder voltar para as suas casas assim que a Justiça determinar a reintegração de posse. Todos os acusados foram encaminhados para os presídios de João Pessoa, onde vão aguardar pela sentença da Justiça.


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