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Justiça decreta prisão de suspeito de ter acendido rojão


11/02/2014

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou, no início da madrugada desta terça-feira, a prisão do suspeito de ter acendido o rojão que causou a morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Andrade, durante um protesto na última quinta-feira. O homem foi identificado como Caio Silva de Souza.

A Polícia Civil havia pedido na tarde desta segunda-feira a prisão do suspeito de disparar o rojão, após ter confirmado a sua identidade. Já está preso o tatuador Fábio Raposo Barbosa, que confessou ter passado ao homem que aparece nas imagens de camisa cinza e calças jeans. O cinegrafista teve morte encefálica diagnosticada nesta manhã.

Também nesta segunda, o advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende Raposo, apresentou à Polícia Civil a identificação do homem que detonou o rojão. Segundo Luciano, as informações do advogado ajudaram a confirmar pistas levantadas pela Coordenadoria de Inteligência Policial da Polícia Civil (Cinpol). Raposo reconheceu, por fotografias, o responsável por acender o rojão. Com o reconhecimento e as imagens que documentam o crime, a polícia resolveu que há provas suficientes para pedir a prisão temporária por 30 dias do suspeito.

"Já tinhamos informações dele obtidas pelo setor de inteligência da Polícia Civil. O advogado reforçou as suspeitas e o reconhecimento feito por Fábio foi fundamental. Assim que houver pronunciamento do Judiciário sobre o pedido de prisão, vamos divulgar nome e foto do atirador do rojão", disse o delegado Maurício Luciano, da 17ª DP (São Cristóvão).

O tatuador e o homem que acendeu o rojão, a partir de agora, estão indiciados por homicídio doloso (com intenção) qualificado e por explosão, crimes que podem render até 35 anos de prisão. De acordo com o delegado Maurício Luciano, da 17ª DP (São Cristóvão), Raposo detalhou que o responsável por disparar o rojão tinha um perfil violento, de ir para a linha de frente dos protestos para participar de brigas. “Ele (Raposo) afirmou que conheciao rapaz apenas das manifestações, não tinha ligação com ele”, disse o delegado.

 



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