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Justiça decreta prisão de suspeito de atropelar e matar homossexual no RJ


04/05/2013



A Justiça decretou na madrugada desta sábado a prisão temporária de Hélio Galdino Vieira, 37 anos, suspeito de atropelar e matar Eliwellton da Silva Lessa, de 22 anos, depois de uma discussão, na madrugada de segunda-feira, em Alcântara, São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Segundo o delegado da 74ª DP (Alcântara), onde o caso está sendo apurado, Rudolph Bruno, já nesta manhã policiais realizaram buscas em diversos locais atrás do suspeito, conhecido também como Papai, mas não o localizaram em pontos como sua casa e trabalho. Ele é considerado foragido pela polícia, que divulgou imagens do suspeito neste sábado.

Jovem foi atropelado após discussão

Eliwellton foi morto depois de brigar com Hélio, na madrugada de segunda-feira. Tudo começou quando o jovem caminhava com dois amigos – os três, segundo o delegado Jorge Veloso, da 74ª Delegacia de Polícia, "são homossexuais declarados". O suspeito então teria feito provocações verbais aos jovens, mandando beijos para eles, conforme relatou o delegado.

Eliwelton se irritou e agrediu Hélio com socos – "o rapaz pegou ele pelo gogó, rasgou a blusa dele", descreveu o delegado Veloso. Segundo o chefe das investigações, o jovem era bem mais alto – cerca de 1,85 metro – do que o homem – aproximadamente 1,60 metro. O autor das provocações chegou a pegar uma barra de ferro para tentar agredir Eliwelton, mas foi impedido por moradores e a briga foi encerrada.

Cerca de 40 minutos depois, o homem voltou ao local dirigindo uma van e avançou em direção ao rapaz. Ele subiu na calçada com o veículo e atropelou Eliwelton.

Segundo Veloso, no primeiro choque, o jovem caiu no chão. O homem, então, deu marcha à ré, acelerou novamente e passou por cima de Eliwelton, que morreu no local.

Testemunhas já prestaram depoimento, e a polícia analisa imagens de câmeras de segurança que ficam próximas ao local onde Eliwelton foi morto. De acordo com o delegado, o que motivou o assassinato foi vingança pela agressão anterior: "o que detonou foi a questão da briga".



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