Brasil

Juliana morreu após 32 h e agonizou por mais de 10 minutos, diz segunda perícia


11/07/2025

Imagem: Reprodução

Portal WSCOM

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair na encosta de um vulcão na Indonésia, passou 32 horas viva aguardando resgate antes de falecer, segundo avaliação de peritos brasileiros. Especialistas fizeram a segunda autópsia no corpo dela.

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A análise brasileira mostrou que Juliana morreu por volta do meio-dia do dia 22 (começo da madrugada no Brasil). A estimativa foi feita analisando o desenvolvimento de larvas encontradas no couro cabeludo da brasileira, cujos ovos são depositados no corpo após a morte. A brasileira agonizou por entre 10 e 15 minutos após a última queda. Segundo os legistas, o exame mostrou que ela teve uma “dificuldade respiratória enorme”.

O resultado foi divulgado em coletiva de imprensa na tarde de hoje, com a presença da família, na Defensoria Pública do Rio. Perito Nelson Massini afirmou: “A gente sente muito, porque foi uma morte muito sofrida, de muita agonia”.

A autópsia na Indonésia indicou que Juliana sofreu um “trauma torácico grave” após cair pela segunda vez na encosta do Monte Rinjani. O legista indonésio Ida Bagus Putu Alit afirmou que membros superiores, inferiores e costas foram áreas mais machucadas. Ela teve órgãos internos respiratórios comprometidos por fraturas causadas pelo impacto da queda, além de hemorragia interna, ferimentos na cabeça, fraturas na coluna vertebral, nas coxas e outras escoriações pelo corpo.

A perícia da Indonésia descartou hipotermia como causa da morte, alegando a falta de sinais clássicos, como necrose nas extremidades do corpo. O legista alegou que a jovem não morreu devido ao frio. Ele calculou que a brasileira ficou “quatro dias ferida até morrer”, com o óbito ocorrendo entre 1h e 13h de quarta-feira, 25 de junho (horário indonésio). A temperatura era próxima de 0 ºC à noite. Juliana usava apenas calça e blusa, sem equipamentos próprios.

Juliana morreu entre 50 minutos e 12h50 antes do resgate. O corpo dela foi recuperado depois de sete horas de trabalho de socorristas e voluntários. Ele começou a ser retirado por volta das 13h50 do dia 25 (2h do dia 25, no horário de Brasília), sendo içado em uma maca e levado para uma base do parque. A morte foi confirmada após 4 dias de tentativa de resgate. Poucas horas antes, o Ministério do Turismo daquele país havia publicado que ela estava em “estado terminal”, segundo avaliação das equipes de busca. Quatro socorristas ficaram acampados a 600 metros de profundidade, junto ao corpo, e outros três, que serviram de apoio, a 400 metros.



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