Paraíba

JP ganha “Espaço de Arte J. Maciel”; escultor de monumentos de personalidades

NO CENTRO HISTÓRICO


11/08/2016



O “Espaço de Arte J. Maciel” já está em funcionamento desde o mês de junho, no Centro Histórico, e reúne cerca de 500 peças, entre esculturas, monumentos, gravuras, troféus e pinturas, em bronze, alumínio, mármore, gesso e concreto. As obras são do artista plástico pernambucano, Jurandir Maciel, que tem sete esculturas espalhadas por João Pessoa e que chamam bastante atenção pela semelhança com as personalidades retratadas. Ariano Suassuna (Teatro Pedra do Reino); Augusto dos Anjos (Academia Paraibana de Letras); Barão do Rio Branco (Praça do mesmo nome); Caixa D´Água (Praça Aristides Lobo); Jackson do Pandeiro (Praça Rio Branco); Livardo Alves (Ponto de Cem Réis) e Nossa Senhora da Penha (Praia da Penha).

“Estou muito feliz por ter realizado o sonho de morar em João Pessoa. Vim aqui pela primeira vez quando era adolescente e fiquei encantado com esta cidade. Ter vindo pra cá me proporcionou retribuir a admiração que recebo do povo daqui por meio do meu trabalho”, disse o artista.

Jurandir fez ainda a escultura do médico Valdemir Miranda, que fica no município paraibano de Caiçara. Além da Paraíba, os trabalhos dele estão espalhados nos estados de Alagoas, Amazonas. Maranhão e Pernambuco.

A estudante Rafaela da Cunha Pinto, mora em Belém do Pará. É a primeira vez que vem a João Pessoa e na passagem pelo centro histórico fez questão de conhecer o “Espaço de Arte J. Maciel”.

“É um lugar muito bonito e as peças causam muito impacto, pois, apesar de serem feitas com material pesado, a exemplo do bronze, são bem suaves e o resultado é maravilhoso”, falou a turista.

A carioca de 15 anos, estudante de arte, Letícia Lessa, fez questão de comprar um quadro. Ela disse que vai botar na parede do quarto que, segundo a mãe dela, parece mais um ateliê de tanta obra de arte que tem.

“Fiquei encantada com o trabalho de Jurandir. É tudo lindo. A começar pela casa onde o espaço funciona que já é uma verdadeira obra de arte”, disse a mãe de Letícia, a psicóloga Kátia Lessa.

O escultor Jurandir Maciel

O pernambucano de Recife, Jurandir Maciel, tem 62 anos. Iniciou no mundo das artes aos 26, fazendo desenhos de bico de pena com pintura a óleo sobre tela. Começou a fazer esculturas aos 38 anos quando entrou para um curso de extensão de artes, na UFPE, onde estudou com os escultores João Batista e Fernando Lúcio, que viraram dois grandes incentivadores de sua carreira.

Logo em seguida, Jurandir conheceu Abelardo da Hora e Francisco Brennand e logo se tornaram parceiros de trabalho e amigos.

“O talentoso escultor J. Maciel vem de uma vertente mais do que conhecida de escultores pernambucanos, a partir dos dois mestres Bibiano Silva e Cassemiro Fernandes, que ensinaram na Escola de Belas Artes e na Escola Técnica. O escultor Abelardo da Hora foi uma magnífica amostra dessa militância, passou pelo crivo dos dois mestres e dele, Abelardo da Hora, nasceram no Recife vários outros artistas de boa cepa, como Corbiniano Lins e agora, Jurandir Maciel”, disse Brennand.

“J. Maciel é um escultor de muita sensibilidade, além de um grande fundidor de bronzes maravilhosos. As esculturas de Jurandir têm uma bela modelagem e um desenho muito equilibrado que é quase musical na sua rítmica volumétrica. Acho Jurandir um escultor sério e um artista consciente da sua missão. Transmiti essa opinião a ele e aconselho a prosseguir nesse caminho para a grandeza e o enriquecimento da nossa arte e de nossa cultura”, declarou Abelardo da Hora, em 2003.



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