O registro fotográfico do cotidiano de 20 jovens moradores do Curimataú paraibano será exposto a partir desta quinta-feira, dia 31 de outubro, na cidade de Dona Inês. Todos têm entre 13 e 18 anos e são alunos do Projeto Farol do Silêncio, uma atividade pedagógica e social desenvolvida durante oito meses nos sítios Olho D’água, Bela Bode, Pimenta, Cozinha e Raimundo, que compreendem o município.

Eles foram selecionados através de um concurso de redação. Durante sete dias, os alunos observaram, através da lente fotográfica, as variações climáticas e as mudanças paisagísticas da natureza do lugar. “A ideia é contribuir para uma sensibilização do olhar de quem agora vê com mais profundidade o valor e a importância de preservação da natureza maltratada pelo homem”, observou o coordenador geral do projeto, Francisco José Rodrigues (Dudé).

Meninos jogando futebol na chuva, moradores pegando água no carro pipa, trabalhadores carregando caminhões na pedreira, um lajedo que se avoluma na direção do céu azul ornado de nuvens brancas e flores rebentando com as primeiras chuvas que se abatem sobre o Curimataú Oriental são algumas das cenas clicadas pelo olhar sensível dos jovens participantes do projeto.

Nesta quinta-feira, os trabalhos estarão expostos nas Escolas Senador Humberto Lucena e Clovis Bezerra Cavalcanti, das 9h às 21h. Na sexta, dia 1º de novembro, poderá ser conferida, das 8h às 12h, por quem for à Feira do Mercado Central de Dona Inês.

Em seguida, a exposição será instalada durante três dias nos sítios Olho D’água, Bela Bode, Pimenta, Cozinha, Brejinho, Lajedo Preto, Queimadas e Raimundo, além da comunidade Quilombola Cruz da Menina e assentamentos rurais, entre eles, Fazenda Sítio, Tanques e Várzea Grande. Em Dona Inês, o projeto tem como coordenador Mariano Ferreira da Costa, e como monitor, Isaias Silva dos Santos.

O Projeto Farol do Silêncio é patrocinado pelo Programa BNB de Cultura – Edição 2012 – com parceria do BNDES, consultoria UFPB/Prac/Coex e apoio cultural da Prefeitura Municipal de Dona Inês, através da Secretária Municipal de Educação e Cultura.

De acordo com Francisco José Rodrigues, esta experiência em arte-educação pode ser aplicada em escolas públicas e em projetos que visem promover a inclusão social, através do uso de novas tecnologias como ferramenta vital para a transformação da realidade regional.