Paraíba
João Pessoa será a nova casa de um pinguim; animal resgatado em Alagoas passará por reabilitação na capital paraibana
11/08/2025

Por Gabriel Januário
Um pinguim-de-Magalhães acaba de chegar em João Pessoa. O animal foi encontrado e resgatado no último dia 26 de julho, na Praia do Gunga, em Roteiro (AL), apresentando sinais de desidratação, hipotermia, exaustão e marcas de enredamento em redes de pesca.
Em Maceió, o pinguim recebeu os primeiros cuidados no Instituto Biota de Conservação e após uma semana sob acompanhamento no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Maceió, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) considerou o animal apto para transferência ao Aquário Paraíba, que é considerado referência nacional pela estrutura e equipe técnica voltadas à reabilitação de espécies marinhas.
Emmanuel Lopes, diretor do Aquário Paraíba, explicou que “Temos um centro especializado em reabilitação, com acompanhamento veterinário diário, exames laboratoriais e ambiente climatizado, que garante a recuperação adequada de animais em situação crítica”. Emmanuel ainda afirma que a transferência do pinguim é resultado de uma articulação conjunta entre o Instituto Biota e o Ibama: “O resgate começou com a população local, que acionou os órgãos ambientais, e culminou com a vinda do animal para nossa instituição, que já possui experiência no manejo dessa espécie.
Além deste recém chegado, o Aquário Paraíba também é abrigo de outros pinguins da espécie pinguim-de-Magalhães, que vieram em situações semelhantes em outras oportunidades.”Recebemos anteriormente três pinguins enviados pela Sabina – Escola Parque do Conhecimento de São Paulo. Nossa estrutura oferece todas as condições para o tratamento e eventual reintegração desses animais ao habitat natural”, destacou Emmanuel.
A espécie pinguim-de-Magalhães é nativa da América do Sul e realiza migrações pelo Oceano Atlântico. No inverno, alguns podem desviar-se da rota migratória, serem deixados para trás e encalhar nas praias do Nordeste do Brasil, devido a alterações climáticas, correntes marítimas e escassez de alimento.
“Esse é mais um caso que reforça a importância do nosso trabalho. Não é incomum recebermos animais que se perderam na rota migratória. Com os cuidados corretos, eles têm chances de serem reintroduzidos à natureza”, acrescentou.
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