A Prefeitura de João Pessoa deve publicar, nos próximos 15 dias úteis, o edital para concessão de serviços funerários por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). A iniciativa prevê a modernização dos cemitérios da capital paraibana, com recuperação da infraestrutura, ampliação de vagas e oferta de novos serviços à população, como velórios estruturados e cremação. O processo está em análise na Procuradoria-Geral do Município para emissão de parecer jurídico.

A expectativa é que, após a publicação do edital, o contrato com a empresa vencedora seja assinado em até 90 dias. Segundo a coordenadora do processo licitatório, Priscilla Maciel, os serviços oferecidos não terão custo adicional para os cidadãos. “Não haverá aumento de preços. Os serviços seguirão os mesmos valores praticados desde 2023”, garantiu.

O que está previsto na concessão

Entre os principais avanços prometidos pela PPP está a verticalização das covas rotativas, medida que vai possibilitar a abertura de novas vagas. Também está prevista a construção de um novo cemitério, o sexto da cidade.

Outro foco é a acessibilidade. Hoje, muitos cemitérios da capital não possuem vias adequadas, obrigando visitantes a transitar sobre túmulos para acessar determinadas áreas. Com a modernização, o projeto prevê caminhos acessíveis, garantindo maior respeito e conforto.

A empresa concessionária também será responsável por apresentar um Plano de Controle Ambiental para os cemitérios já existentes, além dos estudos exigidos por lei para a implantação da nova unidade — algo inédito em João Pessoa.

Mais segurança e atendimento ao público

Para combater o vandalismo, os cemitérios passarão a contar com câmeras de segurança e vigilância privada. A estrutura interna também será recuperada, com reforma das capelas e criação de espaços ecumênicos para práticas religiosas diversas.

Os serviços à população também serão digitalizados, garantindo maior agilidade e transparência. A previsão é de que o atendimento seja feito tanto presencialmente quanto de forma on-line, com a inclusão de uma ouvidoria para registro de reclamações e sugestões. Atualmente, todo o acervo de documentos ainda é físico — situação que deve mudar com a digitalização prevista na concessão.