Política

João Azevêdo avalia declarações de Lula sobre conflito em Gaza e Israel: “Não conseguiu se expressar da melhor maneira”

Governador sugeriu que o presidente pode ter se expressado de maneira equivocada ao comparar a morte de judeus durante o holocausto com os ataques de Israel contra a Palestina.


19/02/2024

João Azevêdo, governador da Paraíba (Foto: Victor Emannuel/ Sistema Arapuan de Comunicação)

Redação/Portal WSCOM



Na tarde desta segunda-feira (19), o governador João Azevêdo (PSB) comentou sobre as declarações do presidente Lula da Silva (PT) a respeito dos conflitos entre Israel e Palestina, que acontecem em Gaza. Azevêdo destacou que as situações são absolutamente diferentes e sugeriu que o presidente pode ter se expressado de maneira equivocada ao comparar a morte de judeus durante o holocausto com os ataques de Israel contra a Palestina.

“Na verdade, eu acho que o presidente vinha com uma linha muito clara, que era de primeiro, condenar o ataque do Hamas, segundo a desproporcionalidade em termos de respostas de Israel. É claro que são situações absolutamente diferentes, o holocausto e essa guerra que acontece hoje. Eu acredito que ele não tentou comparar e dizer que era a mesma coisa. Eu acredito que ele não tenha conseguido se expressar da melhor maneira porque são coisas completamente diferentes, o holocausto e o que está acontecendo hoje lá na faixa de Gaza”, afirmou Azevêdo em entrevista à Rádio Correio FM.

No último fim de semana, durante uma entrevista coletiva durante sua viagem oficial à Etiópia, o presidente Lula classificou as mortes de civis em Gaza como genocídio e fez comparações polêmicas. Ele criticou países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região e afirmou que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

As declarações de Lula geraram reações fortes de Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu considerou as palavras do presidente brasileiro como “vergonhosas e graves”, equivalendo a “cruzar uma linha vermelha”. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou Lula persona non grata em seu país, afirmando que não o perdoarão até que ele se desculpe e se retrate por suas palavras.



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