Política
Jhony acusa Bruno de abuso de poder político e econômico e ingressa com ação judicial
Aije questiona contratações de servidores em Campina Grande e pede investigação e cassação de mandato.
03/10/2024
Da Redação / Portal WSCOM
O candidato a prefeito de Campina Grande Jhony Bezerra (PSB) ingressou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra o atual prefeito e candidato à reeleição Bruno Cunha Lima (União Brasil), seu vice Alcindor Vilarim (Podemos), e quatro secretários municipais: Diogo Lyra (Administração), Fábio Thoma (Assistência Social), Raymundo Asfora Neto (Educação) e Dunga Júnior (Saúde). A ação, proposta nesta quarta-feira (2), acusa Bruno e seus auxiliares de abuso de poder político e econômico durante o período eleitoral.
Siga o canal do WSCOM no Whatsapp.
A peça apresentada pelos advogados de Jhony afirma que a Prefeitura de Campina Grande (PMCG) realizou contratações irregulares de servidores. “A PMCG vem fazendo contratações abusivas de servidores públicos, em período imediatamente anterior à vedação da legislação eleitoral, sem concurso público, por meio de contratos de prestação de serviço por excepcional interesse público”, alegam os advogados.
Segundo a ação, as contratações cresceram 27,09% entre maio e julho de 2024, com 2.098 novos servidores contratados sob o regime de prestação de serviços por excepcional interesse público. A média salarial desses prestadores também teria aumentado em cerca de 60% em comparação ao mesmo período de 2023, “já considerando o reajuste anual do salário-mínimo”, conforme destaca a acusação.
Os advogados do PSB ainda sustentam que Bruno Cunha Lima utilizou empresas terceirizadas para contornar a legislação sobre contratações. “Para tentar burlar a norma municipal que rege a matéria referente aos contratos por excepcional interesse público, o primeiro investigado vem promovendo a contratação de prestadores de serviços por meio de empresas terceirizadas de mão de obra”, mencionam na peça judicial, citando as empresas Gesto de Terceirização em Serviços e General Goods como exemplos dessa suposta prática. Segundo a denúncia, esse mecanismo teria levado à contratação de mais de 10 mil trabalhadores terceirizados, totalizando cerca de 19 mil servidores no período.
A ação solicita que a Justiça Eleitoral investigue o caso, aplique multa aos envolvidos e determine a cassação de “eventual mandato”. A reportagem aguarda manifestação do candidato Bruno Cunha Lima e dos secretários mencionados.
Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.