O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que viajou à Suíça para participar do Fórum Econômico Mundial de Davos, vai discutir ampliação da Operação Lava Jato com o Ministério Público daquele país. Segundo Janot, as discussões visam tratar das "investigações que ainda virão".

Ele também não descarta a possibilidade de ampliação dos valores que podem ser recuperados em função do trabalho conjunto entre os dois países. Até o momento, cerca de US$ 800 milhões em recursos desviados da Petrobras foram bloqueados, sendo que US$ 200 milhões já foram liberados pela Justiça da Suíça.

Janot discutiu o combate à corrupção com representantes do Peru, África Sul, Argentina, Equador e Nigéria, presentes ao evento. Falei como a gente desenhou essa investigação. Expliquei, por exemplo, que algumas empresas estão montando equipes de investigação internas. Elas fazem investigação na empresa e nos passam os resultados. A Petrobras é um exemplo", destacou.

Janot disse, ainda, que pressão contra as investigações não vem do Poder Executivo. "O que eu falei foi que pressão indireta teve. E o que a gente faz é resistir a isso porque somos autônomos e independentes", afirmou; "Não é do poder Executivo, pronto", completou.