Economia & Negócios
Já alto, preço do tomate pelo IPC-S sobe ainda mais nas últimas semanas
Inflação
08/04/2013
Já bastante alto, o preço do tomate tem subido ainda mais, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O comportamento da alta nas últimas quatro quadrissemanas aponta para uma aceleração do índice principalmente nas duas últimas, terminando em 15,90% na semana encerrada no dia 7 de abril, de acordo com divulgação desta segunda-feira (8) do IPC-S. Com isso, o preço médio na cidade do Rio de Janeiro ficou em R$ 5,82 e, em São Paulo, em R$ 6,41.
Nas quatro semanas anteriores, a alta do tomate saiu de 9,97%, foi para 9,31%, para 9,79% e para 11,62%.
O economista da FGV, André Braz, diz acreditar que a alta dos preços do tomate deve ter fim em breve. “A nossa coleta de preços ainda não revelou recuo no preço do tomate. Contudo, acredito que isso ocorrerá nas próximas semanas”, relata o economista.
De acordo com a pesquisa mensal da cesta básica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta segunda-feira, em São Paulo, por exemplo, o preço médio do quilo do tomate ficou em R$ 5,68 em março. Manaus registra o preço mais caro do produto, R$ 6,88 o quilo. O peço mais baixo foi encontrado em Aracaju: R$ 3,53 o quilo.
De 18 capitais pesquisadas no estudo do Dieese, o tomate, no varejo, teve alta em 12 em março, de acordo com a divulgação desta segunda-feira. Os maiores aumentos ocorreram em Vitória (42%), Belo Horizonte (17,20%) e São Paulo (15,68%). As menores oscilações foram verificadas em Goiânia (1,67%), Belém (2,72%) e Curitiba (2,86%).
O que justifica os altos preços do alimento são efeitos climáticos, por conta das chuvas que afetam as plantações, explica Julia Ximenes, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
No estado de São Paulo, por exemplo, a alta do tomate nos supermercados foi de 24,04%, de acordo com o Índice de Preços nos Supermercados (IPS), divulgado também nesta segunda-feira pela Associação Paulista de Supermercados (APAS).
Somente na capital paulista, os preços também ainda não estão apresentando recuo, de acordo com a economista Julia Ximenes. Levantamento feito por ela com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). apontam para alta de 18,25% em março, sobre 9,25% em fevereiro e 32,29% em janeiro.
“O que eu posso dizer é que a gente ainda não pode enxergar tendência de queda, mas os preços estão subindo numa velocidade menor”, diz. De acordo com ela, a trajetória de preços deve ficar mais comportada a partir deste segundo trimestre. As três primeiras prévias semanais de março apontaram para uma alta média de 10%, enquanto que na mesma comparação em fevereiro, foi de 24%, explica.
“Pode ser que ainda em abril os preços tenham variação positiva e provavelmente em maio e junho vamos começar a ver uma proporção menor”, avalia.
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