Futebol

Irregular, Verdão empata com o XV em Piracicaba e freia subida na tabela

Carioca


03/02/2013



 Ainda não foi neste domingo que o Palmeiras se mostrou uma equipe confiável. Depois de vencer o São Bernardo por 3 a 0, na última quinta-feira, a equipe voltou a tropeçar. Em jogo muito movimentado e com o domínio de cada equipe em um tempo, o Verdão ficou no empate por 3 a 3 com o XV de Piracicaba, em partida disputada na noite deste domingo, no estádio Barão de Serra Negra. E poderia ser pior: o gol salvador de Henrique foi marcado aos 47 da etapa final.

Mais do que o resultado, o que preocupa o torcedor alviverde é que Gilson Kleina não consegue fazer o time decolar. O esquema 4-3-3, que funcionou na quinta-feira, deixou a desejar neste domingo, tanto que foi abolido no intervalo. Além do mais, peças importantes da equipe, como Wesley, Barcos e Valdivia, simplesmente não foram vistas em campo. O treinador tem 11 dias para acabar com essa “gangorra”, já que a equipe estreia no próximo dia 14 na Taça Libertadores da América, contra o Sporting Cristal, no Pacaembu.

Com o tropeço, o alviverde caiu três posições na tabela e fechará a quinta rodada do estadual na oitava colocação, com oito pontos, cinco a menos que os líderes Santos e Ponte Preta. Já o time de Piracicaba, que chegou aos cinco pontos, subiu para a 12ª posição.

O Palmeiras volta a jogar pelo Campeonato Paulista na próxima quinta-feira. O time alviverde recebe o Atlético Sorocaba, às 19h30m, no Pacaembu. Já o XV de Piracaba joga na quarta-feira, também às 19h30m, contra o São Bernardo, no estádio Primeiro de Maio, no ABC.

XV domina, faz 1 a 0 e Verdão acha o empate no primeiro tempo
Os dois times entraram em campo com posturas táticas totalmente diferentes. Enquanto o XV de Piracicaba, que vinha de duas derrotas, foi montado no esquema 3-5-2, Gilson Kleina manteve o Verdão no 4-3-3, formação que havia dado certo na última rodada, com vitória sobre o São Bernardo. A aposta era mais uma vez no quarteto ofensivo formado por Valdivia, Maikon Leite, Barcos e Vinícius.

A estratégia alviverde sofreu um abalo com o gol relâmpago do time da casa. No primeiro ataque da partida, o time da casa abriu o placar com o gol de cabeça marcado pelo atacante Márcio Diogo, que aproveitou cruzamento da esquerda de Janílson e, livre de marcação, na pequena área, não deu chance de defesa para Fernando Prass. Logo depois, Paulinho assustou em chute de fora da área.

Em desvantagem, o Verdão saiu em busca do empate. Aos 20, no primeiro ataque perigoso da equipe, Barcos obrigou Bruno Fuso a fazer grande defesa. O problema é que defensivamente o Palmeiras voltou a errar muito. Com um marcador a menos e o apoio dos laterais Ayrton e Juninho, o meio-campo rival jogava solto pelo. Aos 16, Fernando Prass fez boa defesa em lance de Diguinho. Aos 31, ele repetiu a dose, desta vez em arremate de Adriano.

O segundo gol do XV parecia apenas questão de tempo. Aos 31, ele só não saiu porque Márcio Araújo evitou quase em cima da linha. Mas, como o futebol não é lógico, foi o Palmeiras que encontrou o caminho da rede. Após cobrança de escanteio de Maikon Leite pela direita, Pedro Paulo errou o tempo da bola, que sobrou para Henrique. Sozinho na área, o defensor bateu firme, no canto direito rival, e saiu para o abraço: 1 a 1 no placar. O time da casa não desaminou e Jairo ainda exigiu outra defesa de Fernando Prass.

Em segundo tempo movimento, Palmeiras conquista empate no final
Ciente de que o time não foi bem na etapa inicial, Gilson Kleina resolveu agir no intervalo, voltando ao esquema 4-4-2, com a entrada do volante João Denoni na vaga do atacante Vinícius. Mais organizado em campo, o Verdão cresceu e, aos nove minutos, virou o marcador. Com mais um homem de marcação, Márcio Araújo arriscou uma subida ao ataque, passou por seu marcador e, da entrada da área, bateu de pé esquerdo, no canto esquerdo de Bruno Fuso, que falhou: 2 a 1 no placa e festa de todo o grupo para o meio-campista, que marcou seu sexto gol com a camisa do Verdão em 196 partidas disputadas.

O XV teve a chance de empatar logo no minuto seguinte, mas Adriano perdeu grande chance cara a cara com Fernando Prass. Foi apenas um lampejo do time da casa. Tanto que o Palmeiras só não fez o terceiro aos 12 porque Bruno Fuso fez bela defesa em chute de Maikon Leite. Com a mudança, o Palmeiras se acertou em campo. Os espaços deixados para o rival no primeiro tempo desapareceram. E, com mais técnica, o alviverde tomou conta da partida.

Mesmo com duas mudanças feitas (Anderson Lessa e Vinícius Bovi nas vagas de Márcio Diogo e Diego Silva), o time da casa não levava perigo ao gol de Fernando Prass, que ao contrário da etapa inicial, não tinha trabalho.

Vitória garantida? Nada disso.
Curiosamente, a história ocorrida nos 45 minutos iniciais se repetiu. Só que, desta vez, a favor do time da casa. Se no primeiro tempo o Palmeiras achou um gol, o inverso ocorreu na etapa complementar. Quando o Verdão era dono da partida, Márcio Araújo cometeu pênalti em Diguinho. O meia do XV bateu com categoria, no canto direito rival, e deixou tudo igual no marcador.

Embalado, o time da casa alcançou o que nenhum palmeirense esperava: o gol da virada, com Vinícius Bovi, após cobrança de escanteio.

Mas quando todos pensavam que a fatura estava liquidada, o Verdão teve forças para buscar o empate já nos acréscimos, novamente com o zagueiro Henrique, após cruzamento de João Denoni. Gol para premiar a raça palmeirense.



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