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Irã é o candidato mais forte a ingressar no Brics

"Esse negócio de critérios, sabe... Você escolhe os países e aí depois você define os critérios", disse Celso Amorim


23/08/2023

O assessor especial de Lula, Celso Amorim - 5/12/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Brasil 247

 

 

 O Irã emergiu como um forte candidato para se juntar ao grupo conhecido como Brics, um bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, com o patrocínio de Rússia e África do Sul, segundo informa o jornalista Ricardo Della Coletta, da Folha de S. Paulo. As negociações sobre a expansão deste influente grupo estão em andamento em Joanesburgo, onde o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu com os líderes Xi Jinping (China), Cyril Ramaphosa (África do Sul) e Narendra Modi (Índia).

Até a terça-feira (22), a lista de candidatos fortes incluía países como Argentina, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Egito e Indonésia. No entanto, segundo fontes próximas às discussões, a Indonésia manifestou o desejo de discutir sua adesão em um momento posterior, o que abriu espaço para que o Irã se destacasse como um possível membro do Brics.

Além da inclusão do Irã, os líderes do Brics estão ponderando a possibilidade de admitir mais um país africano, com o objetivo de manter um equilíbrio geográfico dentro do bloco. Mais de 20 nações expressaram interesse em se juntar ao grupo, tornando o processo de expansão uma questão de grande relevância global.

Na manhã desta quarta-feira (23), o embaixador Celso Amorim, assessor internacional da Presidência do Brasil, falou sobre o andamento das discussões. Ele enfatizou que primeiro serão selecionados os novos membros e, em seguida, os critérios para admissão serão definidos. “Esse negócio de critérios, sabe… Você escolhe os países e aí depois você define os critérios”, disse Amorim. “Os países que estão colocados ali. Não vou dizer que é um critério absoluto, mas é natural que você procure algum equilíbrio geográfico. Países que representem uma certa diversidade, mas o Brasil não tem problema com nenhum dos nomes que estão colocados”, completou.

Amorim acompanhou o presidente Lula na reunião restrita com os demais líderes do Brics, que ocorreu na noite de terça-feira. As negociações em curso estão sendo observadas de perto pela comunidade internacional, uma vez que a expansão do Brics pode ter implicações significativas para a ordem geopolítica global e as dinâmicas econômicas mundiais.

O resultado final das negociações sobre a admissão do Irã e de um possível novo membro africano no Brics permanece incerto, mas as discussões em Joanesburgo prometem moldar o futuro deste bloco de nações em rápida ascensão.



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