Saúde

Injeção de sangue jovem pode ajudar no combate ao Alzheimer


05/05/2014

Uma nova possibilidade de tratamento para Alzheimer chega às discussões da medicina. De acordo com pesquisas americanas, injeções de “sangue jovem humano” poderiam impulsionar o funcionamento do cérebro e portanto, ajudariam no tratamento de Alzheimer. Testes em humanos devem ser realizados ainda neste ano. Os dados são do jornal Daily Mail.

Em um dos experimentos, ratos velhos e jovens tiveram seus vasos sanguíneos ligados entre eles, permitindo assim que o fluxo fosse feito entre os dois animais. Os cientistas também deram aos animais mais velhos injeções regulares de sangue jovem. E assim foi constatado que o sangue novo impulsionou o número de conexões entre as células no centro de memória do cérebro e as tornou mais fortes.
O sentido do olfato também foi aguçado e os mais velhos, assim como os mais novos, conseguiram se lembrar de como sair de uma piscina.

Em um segundo estudo, profissionais da Universidade de Harvard usaram o sangue jovem para aumentar a força de camundongos idosos. A resistência também melhorou e uma proteína chamada GDF11 parece ser a chave. A terceira parte da pesquisa, também de Harvard, apontou que essa proteína é que ajudar a aguçar o cheiro. Isso sugere que pode ser possível encapsular os benefícios de sangue jovem em um comprimido em vez da necessidade de injeções regulares.

“É como se os velhos cérebros fossem recarregados por sangue novo”, disse o cientista Tony Wyss-Coray, que pretende testar o tratamento em pacientes com Alzheimer em questão de meses.

A Pesquisa de Alzheimer do Reino Unido afirma que as conclusões são interessantes, mas os cientistas pedem cautela. “Esses estudos são de significado desconhecido para os seres humanos. Não investigam o tipo de comprometimento cognitivo observado na doença de Alzheimer, o que não é uma consequência inevitável do envelhecimento. Alzheimer é a causa mais comum de demência e precisamos urgentemente de tratamentos capazes de parar a doença”, acrescentou Eric Karran, diretor de pesquisa da instituição.



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