Economia

Inflação oficial avança 0,26% em maio, com impacto da conta de luz, aponta IBGE


10/06/2025

Foto: Capital Carta

Portal WSCOM

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, registrou uma alta de 0,26% em maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 10, pelo IBGE. O resultado representa uma desaceleração frente a abril, quando a variação foi de 0,43%.

No acumulado do ano, o IPCA soma alta de 2,75%. Já no período de 12 meses, houve recuo na taxa de inflação, que passou de 5,53% para 5,32%.

Essa foi a menor variação para o mês de maio desde 2023, quando o índice marcou 0,23%. No ano, o menor resultado foi em janeiro (0,16%).

O principal fator de pressão veio do grupo Habitação, com avanço de 1,19%, puxado pela energia elétrica residencial, que subiu 3,62%. A cobrança da bandeira amarela, que adiciona R$1,88 a cada 100 kWh consumidos, pesou no bolso dos consumidores.

Apesar disso, houve alívio em outras áreas. Quedas nos preços das passagens aéreas, combustíveis e alimentos ajudaram a conter o avanço do índice. A inflação do mês ficou abaixo das projeções do mercado, que estimavam uma alta de 0,37%.

Variação por grupos em maio:

  • Alimentação e bebidas: +0,17%
  • Habitação: +1,19%
  • Vestuário: +0,41%
  • Saúde e cuidados pessoais: +0,54%
  • Despesas pessoais: +0,35%
  • Educação: +0,05%
  • Comunicação: +0,07%
  • Artigos de residência: -0,27%
  • Transportes: -0,37%

A energia elétrica teve o maior impacto individual no mês (0,14 ponto percentual). Além da bandeira tarifária, reajustes em tarifas em cidades como Recife, Salvador, Aracaju, Fortaleza, Belo Horizonte e Campo Grande também influenciaram o resultado.

Outro item com peso significativo foi o grupo de medicamentos, com alta de 0,69% após autorização de reajuste pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Já os planos de saúde subiram 0,57%, mas o grupo Saúde e cuidados pessoais desacelerou frente ao mês anterior.

No lado das quedas, as passagens aéreas tiveram recuo expressivo de 11,31%, e os combustíveis caíram 0,72% — com destaque para o diesel (-1,30%), etanol (-0,91%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,66%).

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A alimentação no domicílio também desacelerou fortemente: de 0,83% em abril para apenas 0,02% em maio. O tomate (-13,52%), arroz (-4,00%), ovo (-3,98%) e frutas (-1,67%) puxaram a queda. Por outro lado, batata (10,34%), cebola (10,28%), café moído (4,59%) e carnes (0,97%) subiram.

INPC sobe 0,35%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que calcula a inflação para famílias com renda mais baixa, subiu 0,35% em maio, uma taxa abaixo do 0,48% registrado em abril. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 5,20%.



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