A desaceleração da inflação, puxada principalmente pela queda nos preços do setor de serviços, deve levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a manter a taxa Selic em 14,75% na reunião desta quarta-feira (18). A avaliação é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que já projeta estabilidade dos juros ao longo de 2025.

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Com o IPCA acumulado em 12 meses em 5,32% e uma variação de apenas 0,26% em maio — contra 0,43% em abril —, a entidade entende que o cenário atual não exige novo aperto monetário. A desaceleração nos serviços, tradicionalmente mais resistentes à queda de preços, é vista como um indicativo de perda de fôlego da economia, mesmo diante de um mercado de trabalho aquecido.

Outro fator que contribui para esse diagnóstico é o intervalo entre as decisões de política monetária e seus efeitos na economia real. Para a FecomercioSP, os impactos dos aumentos de juros realizados no ano passado ainda estão em curso, o que reforça a necessidade de cautela por parte do Banco Central.

Além disso, a valorização recente do real em relação ao dólar também tem contribuído para conter a inflação de bens importados, como combustíveis e alimentos industrializados.