Saúde

Infestação por Aedes aegypti aumenta no Recife

No Recife


08/04/2016

Parece que quando se trata do combate ao Aedes aegypti não é possível comemorar por muito tempo os bons números. De acordo com o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), o Recife perdeu o posto de menor índice da última década: 1,1%. Agora, a capital pernambucana apresenta um LIRAa de 1,68%. Há dez anos, a cidade apresentava um LIRAa de 3,4%. A análise foi finalizada na última sexta-feira (1º).

Mesmo com esse aumento, a gerente geral de Vigilância à Saúde do Recife, Maisa Teixeira, garante que o número ainda está em um patamar aceitável. “O ideal, óbvio, é menor que um, mas menor que dois também é bom. O que pode ter acontecido é que pegamos uma mostragem [do mosquito] mais elevada. Vai ver, pegamos quarteirões com problemas”, pondera. O levantamento é feito a cada dois meses.

O objetivo do LIRAa é indicar o risco de transmissão das arboviroses em uma população. No último levantamento do estado, divulgado no fim de março, ficou evidenciado a situação de risco em 84 municípios pernambucanos, sendo 69 em alerta e 15 em posição satisfatória.

Por causa da paralisação dos agentes de combate de endemias, responsáveis pela identificação e erradicação de focos do mosquito, a entrega do segundo ciclo do LIRAa teve um atraso de alguns dias, sendo emitido junto com o último boletim da situação das arboviroses de Recife.

Boletim
Nesse boletim, do dia 3 de janeiro a 26 de março deste ano, foram notificados 10.665 casos de arboviroses, sendo 4.628 casos de dengue, 3.480 casos de Chikungunya e 2.557 de Zika. Dentre as notificações, foram confirmados 2.497 casos, sendo 1.889 de dengue, 608 de Chikungunya e um de Zika. Em relação ao mesmo período de 2015, foram notificados 10.091 de arboviroses, o que corresponde a um crescimento de 5,7% no número de registros.

Ainda segundo o boletim, os bairros que apresentaram o maior risco de adoecimento pelas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti foram: Recife (4,8%), Mangabeira (2,2%), Cidade Universitária (1,9%), Totó (1,1%), Bomba do Hemetério (1,08%), Ponto de Parada (1,04%), Alto do Mandu (0,79%), Areias (0,77%), Paissandu (0,75%) e Rosarinho (081%). Nenhum desses bairros estava em situação de alerta no primeiro LIRAa.

“Se todo mundo fizer sua parte nós teríamos um LIRAa menor. Cada um precisa fazer seu papel, fazer vistorias todo dia em sua casa. É uma lógica, uma consciência de educação de saúde que precisamos mudar”, acredita Maisa ao dizer que essa mudança no quadro de bairros é considerada normal. “Fazemos e direcionamos nossas ações. É uma luta sem fim”, completa.



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