A indústria brasileira está se recuperando em um ritmo "lento" dos efeitos da crise internacional, segundo um estudo Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta quinta-feira.

O relatório aponta que todos os indicadores, entre eles emprego e uso da capacidade instalada, registraram pequena melhora em novembro, com a exceção do faturamento, que após dois meses de resultados negativos teve uma grande alta, de 2,5% em relação a outubro.

O uso da capacidade instalada subiu dois décimos, até 81,4%. O nível de emprego variou dependendo dos setores, com melhorias consideráveis em vestuário (11,3% em relação a outubro), refino e álcool (5%) e alimentos e bebidas (3,8%); e quedas na área de produtos eletrônicos (-11,7%), têxteis (-5,8%) e produtos metalúrgicos (-4,5%). O setor eletrônico, um dos que teve piores resultados, também registrou uma queda de 23,5% nas horas trabalhadas e uma baixa de 4,2% no uso da capacidade instalada.

No ano passado, o governo anunciou vários pacotes de incentivo ao setor industrial, com o objetivo de incentivar a recuperação da economia. Segundo o estudo da CNI, o setor têxtil, que obteve os melhores indicadores de emprego, deve o resultado a essas medidas de incentivo.