Paraíba

Incra-PB e agricultores familiares promovem Festival do Milho em João Pessoa

EM JOÃO PESSOA


24/06/2016

Pelo menos setecentas mãos de milho – o equivalente a 36,4 mil espigas de milho – foram comercializadas nos dois dias do 1º Festival do Milho da Central de Comercialização da Agricultura Familiar (Cecaf), no bairro do José Américo, em João Pessoa. No evento, realizado na quarta-feira (22) e quinta-feira (23), das 5h às 17h, assentados da reforma agrária e agricultores familiares comercializaram milho em atacado e no varejo, além de pratos típicos das festas juninas, como pamonha, canjica, mungunzá, bolos variados, tapioca e doces.

De acordo com a diretora do Setor de Agricultura Familiar da Secretaria de Desenvolvimento e Controle Urbano (Sedurb) da Prefeitura de João Pessoa e membro da Coordenação da Cecaf, Rogeany Gonçalves, cerca de 40 agricultores assentados ou ligados a associações e cooperativas da agricultura familiar da região da Zona da Mata Sul da Paraíba participaram do Festival do Milho.

Na segunda-feira (22), o primeiro dia do festival, a Cecaf também recebeu a Feira do Artesanato da Zona da Mata Sul, com a participação de 40 artesãos.

No segundo dia do Festival do Milho, na terça-feira (23), o espaço foi dividido com a tradicional Feira do Agricultor Familiar da Cecaf, que acontece todas as quintas-feiras, das 5h ao meio-dia. Iniciada há cerca de um ano, a feira já comercializou em torno de mil toneladas de alimentos como frutas, legumes, hortaliças e raízes, segundo Rogeany Gonçalves.

A programação do Festival do Milho também incluiu apresentações culturais relacionadas às festas juninas nos dois dias do evento, como a apresentação de trios de forró pé-de-serra e de um grupo de xaxado.

Produtos de qualidade

“Preferimos comprar aqui o milho para a pamonha e para a canjica que minha mãe irá fazer porque sabemos que os produtos são novos e os preços são acessíveis”, afirmou o policial militar Raniere Oliveira, 37 anos, que é freguês assíduo das feiras realizadas às quintas-feiras na Cecaf. “Comprei a mão de milho a R$ 20”.

Quem também comprou milho para fazer em casa as comidas típicas do período junino foi a dona-de-casa Leonice Moura, 65 anos, que mora nas proximidades da Cecaf. “Costumo comprar aqui porque, além de ser próximo de casa, os produtos são mais saudáveis porque são sem agrotóxicos. Temos que cuidar da nossa saúde”, afirmou, acrescentando que, com a mão de milho fará uma mesa farta com canjica e pamonhas para reunir a família na noite de São João.

 

Venda garantida

O Festival de Milho da Cecaf garantiu aos assentados e agricultores familiares da Zona da Mata Sul paraibana uma forma de comercializar a grande produção de milho sem atravessadores. “Esperamos vender todo o milho que trouxemos. Só eu trouxe 24 mãos de milho – aproximadamente 1.250 espigas de milho”, disse o agricultor Almir Félix da Silva, do Assentamento Sede Velha, em Pitimbu, na Região Metropolitana de João Pessoa, distante cerca de 70 quilômetros da capital paraibana.

O assentado também comercializa sua produção de inhame, macaxeira, hortaliças, maracujá, acerola e bananas (comprida, prata e maçã) às quintas-feiras na Cecaf. “A feira melhorou muito nossa renda. É a certeza de encontrarmos compradores para o que a gente produz”, afirmou.

Daniela Lima, do Sítio Boa Vista, uma comunidade de agricultores familiares a cerca de 15 quilômetros de João Pessoa, no município de Santa Rita, também na Região Metropolitana da capital, comemorou a venda de tudo que levou para a feira: pães artesanais com ingredientes como inhame e batata-doce, bolos sem glúten, pamonha, canjica, bolo de milho e de macaxeira. “Nosso São João vai ser mais feliz esse ano”, afirmou.

Realização

O 1º Festival do Milho da Cecaf foi uma realização da Prefeitura de João Pessoa e do Colegiado Territorial da Zona da Mata Sul e contou com a parceria das Prefeituras de Alhandra, Pilar e Pitimbu, do Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial (Nedet) da Zona da Mata Sul, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Banco do Nordeste (BNB). 



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