O professor Iedo Fontes, da Universidade Federal da Paraiba, embarca neste sábado para Havana, onde acompanhará o funeral por uma semana do maior líder socialista da América Latina, Fidel Castro, morto na madrugada. Com titulação de Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade de Havana, ele projeta “o maior funeral de toda a História do Mundo”. Como todos os hotéis e pousadas estão lotados, ele vai ficar hospedado na casa de amigos cubanos.

Para ele, em entrevista Exclusiva ao Portal WSCOM, os principais lideres do Mundo se despendem nesta semana de um personagem de tamanho superior na firmeza, na liderança estratégica e de afirmação de uma Nação, a de Cuba, com nível de avanços sociais incomuns, apesar de ter enfrentado a mais odienta perseguição ideológica e econômica.

Iedo Fontes lembra quando no inicio dos anos 90, em plena queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e da fase Gorbachov desmantelando a base socialista de interferência, conviveu com a pior fase de Cuba onde os cidadãos e cidadãos passavam fome.

– O meu salário era dividido com muitos companheiros enfrentando momentos terríveis – comentou ele, lembrando que mesmo assim Fidel Castro ao perder o apoio da Russia, Alemanha, etc, soube fazer gestões diplomáticas no silencio e superar esta fase.

GABRIEL, O GRANDE ALIADO – Segundo Iedo, poucos deram importância às estratégias de Fidel para superar a fase critica usando da habilidade diplomática na relação com Francoise Miterrand, da França, um dos grandes aliados de Cuba nessa fase.

Mas, conforme Iedo, o “grande aliado de Cuba na articulação com os diversos países do Mundo foi o escritor Gabriel Garcia Marques, condutor pessoalmente de cartas endereçadas aos grandes lideres do Mundo à época, entre eles Bill Clinton para construir saídas reais à crise advinda do fim da URSS e do aperto dos embargos econômicos liderados pelos Estados Unidos”.